4.9
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Já fui mais atuante aqui no que tange a questões relacionadas às categorias de base. Também já fui mais atuante em acompanhar a base, algo que busquei retomar nos últimos tempos tendo, inclusive, assistido a todos os jogos do Internacional na Copa SP 2022. Adianto que é um assunto espinhoso; e para tanto, amparo esta afirmação tomando por base uma Copa SP de anos atrás, quando o time do Inter era sofrível mas ainda assim eu gostei bastante dum zagueiro chamado Danny Morais. Como todos devem lembrar chegou aos profissionais, mas sua carreira foi destaque somente no Santa Cruz, do Recife, que, em que pese a tradição, há muito vive das glórias do passado.

Pois bem.

Adianto que esse time da Copinha tinha base 2004, ou seja, Sub-18. Grande parte dos jogadores recentemente campeões do Brasileirão, Supercopa e Gauchão da categoria estão em preparação à Copa Libertadores da América Sub-20. Ou seja, nem podemos reclamar do time que caiu jogando pouco no primeiro tempo, é bem verdade, mas que merecia o empate no segundo; além do que, caiu para aquele que é o time considerado favorito da competição deste ano.

Destacaram-se, no entanto, alguns jogadores desde grupo. Vou apontar os que mais me chamaram atenção: Lucas Flores (goleiro), que se mostrou um pegador de pênaltis nato; Lukayan, um volante promissor de saída de bola; Estevão, que é a sensação do time para a torcida, ao que vejo nas redes sociais, um jogador de meia cancha que sabe conduzir a bola e também bate de fora da área; Alisson, um camisa 10 bastante habilidoso a que eu, particularmente, penso ser o melhor do time; e o centroavante Lucca, que a mim lembra muito o estilo de Leandro Damião. Posso apontar também João Félix, zagueiro e capitão; Vitinho, atacante driblador que pode vingar; e o Enzo, filho do Fernandão, que, podem até achar que está apenas por ser filho de quem é, mas a mim mostrou que sabe jogar futebol e se jogar metade do que o pai dele jogou, já está bom. Negativamente, acho que não temos lateral-direito para alçar ao profissional.

Aqueles que criticaram a saída repentina do treinador Fábio Matias, acho que estão tendo que morder a língua com o trabalho do João Miguel. Contrário do que teria dito num programa de televisão o influencer mal intencionado aquele, o time é bem treinado sim (!) e tem bastante repertório tático. Muito mais do que tinha a equipe profissional no ano passado. Ademais, em que pese eu tenha traçado algumas críticas à direção nos últimos meses, preciso reconhecer que no que compete às categorias de base o trabalho que está sendo realizado se mostra bastante interessante. A figura do Gustavo Grossi já mostra o profissionalismo almejado. Traz, aliás, esperança de retomarmos com a gurizada uma boa fonte de recursos ao caixa do Clube.

É claro que ainda é cedo para qualquer afirmação mais objetiva, afinal, um projeto de categoria de base não apresenta resultados do dia pra noite. Mas em sendo o começo tão promissor, possível, sim, arriscar que o velho celeiro de ases está se aprumando para abrir as portas para novas safras de diamantes que, quem sabe, podem vir a brilhar no time de cima devolvendo a outrora pujança do Sport Club Internacional.

Precisamos é acreditar em novos e melhores dias.

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