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Segundo meus filhos, batouca significa banana na língua dos minions, e muitos diziam que esse grenal era por bananas.

Na questão dos pontos, talvez. Se o Inter ficam em terceiro na classificação geral, há possibilidade de cruzamento com o rival antes da final, e eu prefiro grenal na final.

Contudo, na formação do time, esse grenal, do ponto de vista do Inter, jamais foi por bananas. Não vou entrar na discussão de colocar reservas ou não, pois já foi motivo de amplo debate aqui no blog. Particularmente, sou contra, pelo menos, um time mesclado, até para ver como os reservas se comportam sem a presença de nabas que normalmente habitam o banco de reservas em quase todos os times brasileiros.

Neste ponto, o grenal foi importante.

Foi a oportunidade de vermos que Lindoso é muito lento e com sérias deficiências de colocação na proteção da zaga. Se esse é o substituto de Dourado, teremos problemas sempre que o titular não jogar, exceto se mudar o esquema. Mas Lindoso já não aprovou contra times mais fracos, e não foi surpresa nenhuma no grenal.

Rytheli e outro que não justifica a contratação ou permanência. Pouco acrescentou, se enrolou com a bola e não apresentou algo que pudesse vislumbrar substituir Patrick ou Edenilson, ou mesmo Dourado. Também foi lento e errou passes.

A falta de proteção da zaga, com um meio perdido, ainda com Nonato, deu ao grêmio uma pequena vantagem, embora a estratégia do Odair parecesse ser o contra-ataque. O rival tinha mais a bola.

Na frente, Pedro Lucas estava ganhando todas dos zagueiros, mas isolado, como sempre tem jogado os atacantes do Inter. Perdeu um gol por cabecear desequilibrado.

Bruno até apareceu bem em alguns lances, mas sua marcação é deficiente, e seu apoio se baseia em muita correria e pouca produtividade. Os destaques ficaram por conta de Roberto, salvando dois gols com um perfeito timing de cobertura, e Emerson Santos que foi muito bem. Daniel não trabalhou muito, mas foi bem quando exigido.

Minha surpresa ficou com Parede, demonstrando uma técnica apurada,  um excelente domínio de bola, principalmente se comparado ao Pottker, mas pecou na finalização das jogadas, e ficou preso no corredor da direita do ataque, vacilando também na marcação do lateral.

Essa marcação é que Odair não acerta, e tem se beneficiado pelo posicionamento do Dourado e pelo desarme preciso de Cuesta. Em suas ausências, leva gol de jogadinha manjada e repetida pelo rival desde que Renato chegou. Minhas críticas ao Neílton são sempre nesse sentido, fazendo uma marcação visual na projeção do lateral. Não é só dele a culpa do gol, mas viu o lateral passar e ficou olhando.

Atacante marca lateral? Bem isso não é novidade no futebol competitivo. Nesse mesmo jogo, Pepê e Everton desarmaram o atacante do Inter na linha de entrada da área do rival. William faz isso no Chelsea e a maioria dos ingleses optam por esse tipo de marcação, tanto quanto optam por laterais ofensivos. O jogo do rival depende de laterais ofensivos, e isso Odair não soube conter.

Não critico Nonato pela expulsão, o time do rival cai e faz drama em qualquer resvalada, por isso tanto choro da Libertadores. Isso funciona muito aqui no Brasil, e principalmente com Daronco, que carrega uma culpa imensa por Bolanos. O árbitro não foi coerente com os cartões até a expulsão, e nem pelo segundo cartão, mas pelo primeiro. Depois começou a equilibrar, mas aí já era tarde. Em algum momento Daronco iria apresentar a fatura do Bolanos, e foi ontem.

O segundo tempo do Inter foi melhor, mas estava atrás no placar, justificando  um pouco a tentativa do rival de deixar a bola com o Inter e buscar o contra-ataque. O problema é que a bola não tinha tratamento técnico no Inter, pois Nonato estava fora. A melhora se deu pela reorganização no 441, e nada teve a ver com a inexplicável entrada de Trellez. Ele faz uma boa jogada pela esquerda logo no início, mas foi pouco ambicioso em não chutar a bola na frente do goleiro na outra chance que teve, preferindo uma espécie de cruzamento. Centroavante tem que ser fominha na grande área, ou não serve.

WS entrou bem, mas não dá pra esperar muito de 15 em 15 minutos, e peca nas jogadas decisivas. Já foi assim contra o Santos ano  passado. Falta tranquilidade no acabamento.

Camilo justifica seu ingresso talvez por pena de deixar um jogador com seu histórico no banco. Sim, a referência ao histórico foi ironia. É inexplicável que ainda tenha chances em detrimento de outros jogadores. Talvez Odair tivesse o pensamento mágico de uma falta no ângulo novamente, fora isso, além de um peso para o time, barra o ingresso de outros jogadores, como Sarrafiore, Richard, Ramon, etc….

Odair insiste no esquema mesmo com jogadores que não conseguem jogar nele. O 4141 depende do encaixe de peças, e o time só melhorou quando adotou o 442, com um a menos. Ainda que tenhamos equilibrado o grenal com um a menos, minha insistência no esquema é pela característica de nossos jogadores, e pela incompetência do treinador de organizar um sistema defensivo com um tripé de volantes do meio.

Enfim, um grenal por bananas, mas que valeu para algumas coisas.

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