4.8
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Minha história com a música creio ainda não ter sido contada por aqui, mas ela existe e persiste. De tudo que já comecei e logo adiante desisti, só restaram inabaláveis essa doença para com o Internacional e meu particular gosto pelas composições, festivais e vez ou outra alguma cantoria alarife. Em suma, se a música for boa eu me permito um assobio e até quem sabe um cantarolar. É pena que as boas já não são tantas como nos meus bons tempos.

Certa feita em algumas apresentações pelo estado de Santa Catarina, o sócio do conjunto (meu amigo/carma até hoje) teimou em ir junto. Já havia estado na capa do disco só por isso, eis que até para falar era desafinado. Esconderam o pandeiro tamanha a falta de ritmo nas suas patocoadas tentativas de se mostrar útil. O problema do vivente é que ele achava que sabia, não só tocar ou assassinar cantando algum sucesso do Pedro Ortaça, do grande Cenair ou do velho Gildo, mas fazer qualquer coisa. Qualquer mesmo. Inclusive guiar o ônibus.

E nesta de conduzir o ônibus, depois do último fandango e com todo mundo morto, ele que passou três ou quatro dias somente dando palpite se apresentou para trazer o povo de volta. Todos foram contra, mas o cansaço prevaleceu. E veio o vivente trazendo aquele Mercedão guerreiro, com alguns dormindo e eu, com um frio na espinha, só no bico daquela indiada. Para piorar o Lobo (alcunha do taura) não tinha habilitação para dirigir um ônibus; e foi por causa disso que o fato adiante se sucedeu.

Num dos tantos postos da polícia rodoviária ao longo da BR 101 ainda com pista simples, ou o Lobo meio que dormiu na direção ou fez barbeiragem mesmo, ou ambos – não sei, só sei que ele passou defronte levando junto todos os cones que dividiam os sentidos da rodovia, fazendo um estrago ao erário. Ao invés de parar, tocou o pé e andou mais alguns quilômetros, mesmo comigo dizendo o contrário até para parar de arrastar aqueles cones e tudo mais que estava ‘agarrado’ ao ônibus.

Como só ele “sabia” o que e como fazer, quebrou numa lateral da pista e ao encontrar um viaduto embocou ali, desligou o motor, apagou todas as luzes e achou que tinha “enganado” a polícia com o “esconderijo”. Quisera fosse. Nem 5 minutos e tinha duas viaturas cercando o ônibus, giro-flash ligado, ordem para descer e a minha certeza de que alguém ia dançar naquela história e não ia ser com o conjunto tocando.

O “motora” assumiu a situação, disse que ia resolver, passou um bom tempo conversando com os policiais, deu disco, camiseta e tudo que estampava nossa marca, prometeu sabe-se lá mais o quê no meio daquele breu. Fomos liberados (com o ônibus) só por Deus mesmo. Resumindo: voltamos pra casa sãos e salvos, mas pouco tempo depois chegaram as multas de diversas infrações de trânsito registradas naquela madrugada. Sim, não adiantou a charla e tudo mais promovida pelo Lobo, tomamos no lombo igual.

Se foi todo o lucro que já era pouco. A conta daquela presepada chegou. Ela sempre chega.

A conta da manutenção de Mano Menezes, apesar do discurso enlatado e da charla fiada do Presidente, vai chegar. O Internacional e nós torcedores, mesmo não protagonizando a culpa, tomaremos no lombo.

No futebol a conta sempre chega. E a bola, maleva, sabe bem como punir.

Que Deus nos tenha piedade!

 

CURTAS                                                                              

– Sobre a partida de hoje, contra um time amador, era para tirar uns dez gols de saldo. Mas, fechamos por meio a zero. É tipo uma goleada nestes tempos sombrios;

– O Inter é grande demais para insistir em jogador que visivelmente não tem condições. Nem preciso dizer quais são. Sim, é bem no plural;

– Bustos antes andava com o futebol sumido. Agora até o próprio desapareceu.

– Na história tem algumas coisas que acontecem somente com o Internacional. Tipo assombração;

– O discurso de que os jogadores estão fechados com o treinador cola pra mim tal qual quando o Lobo jurou que os policiais tinham entendido e aceitado da história triste que contou;

– Ainda quero um dia ir à Venezuela. Dizem que tem praias paradisíacas. O futebol é de chorar, mas quem se importa…;

-Não falarei nada mais sobre Barcellos. É o popular chover no molhado que só cansa. E na minha idade evitar a fadiga é o melhor remédio para se alcançar paz. Paz que tanto o nosso torcedor pede.

 

PERGUNTINHA

Até quando vão brinca com o Inter deste jeito?

 

Torcedor Colorado, me repiso: Que Deus nos tenha piedade!

PACHECO

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