Pablo

Crise representativa

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Vivemos uma crise representativa, no mundo todo.

No Inter não é diferente. A cada eleição, nossa esperança de que podemos interferir nos rumos do clube diminui. Eu já perdi a minha, alguns ainda mantém. Mas, mais uma vez, a eleição vai para o pátio com a disputa de 6 x 1/2 dúzia, com ambos se esforçando para mostrarem diferença um do outro, mas só sendo muito ingênuo para acreditar que vão ser muito diferentes. Não vão, então tanto faz quem vencer.

Isso dito, me pergunto o que poderia mudar no clube, para que o voto do associado possa de fato fazer diferença. E, nesse sentido, vejo uma mudança crucial: é preciso que a eleição para o conselho se dê ANTES do conselho eleger as chapas que vão para o pátio. Se o torcedor puder votar para o conselho antes, aí sim ele pode fazer alguma diferença. Pois para o conselho o voto do sócio conta de verdade. Há alguns anos, muita gente da torcida entrou para o conselho, numa demonstração clara de que é possível.

PORÉM, muitos destes que entraram acabaram cooptados pelos movimentos pré-existentes e perderam sua identidade, pra dizer o mínimo.

É aí que entra a importância da ordem dos fatores: se o conselho for eleito antes, as novas caras do clube ainda não estarão cooptadas e entraram para atender aos anseios dos que os colocaram lá. Levarão para o pátio as chapas que de fato estão em sintonia com os anseios da torcida (pelo menos uma das chapas, digamos).

Como não entendo muito dos meandros burocráticos do clube, não vou me estender aqui e vou deixar perguntas para vocês, especialmente para quem conhece algo das entranhas do clube:

O que seria necessário para que mudássemos a ordem das eleições? Alguém vê razões para não mudar a ordem?

Ao debate.

Saudações coloradas e sorte ao time no próximo jogo.

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