Mauro Loch

TORCIDA NÃO SABE NADA

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A torcida não entende nada, quem sabe de futebol é o treinador.

Vejo muitos elogios ao Odair, que, do time rebaixado, em pouco tempo, nos alçou à final da Copa do Brasil. Muitos defendem seu trabalho, dizendo que as críticas não tem fundamento.

Mas vamos lá, será que é isso mesmo?

Odair começou abraçado com Pottker. O time do Inter era o camisa 99 e mais 10, distribuídos de uma forma que Pottker ficasse com o espaço do lado direito do campo de ataque a seu dispor, independentemente de quem mais estivesse no time.

E, claro, não deu certo. Odair, tentou, então, uma variação, ora com Pottker, ora com outro jogador ocupando o espaço, na maioria das vezes, Nico, o que resultava na maior parte do tempo com Pottker por lá, e Nico em outro lugar.

Não deu certo, Pottker se lesionou, e o time acertou. Nico foi fixado na sua posição, onde rende mais e onde faz o time fazer gols.

Enquanto isso ocorria, ninguém na torcida defendia Pottker; digo ninguém com ressalva de um ou outro desavisado, até porque a unanimidade rodrigueana é burra. Mas nosso treinador insistiu muitas vezes com Pottker, e apenas mudou de ideia quando não pode mais escalar Pottker, por lesão, e, depois, porque não dava pra mexer no time que tinha se acertado.

Bem, o caso se repetiu com Trellez, constantemente escalado como comandante de ataque, mesmo sem fazer gols, exceto no mundo distópico de Atibaia, ou utópico, dependendo do empresário e dirigente.

Trellez ganhou mais chances que todos os outros atacantes do Inter, e enterrou Pedro Lucas, guri da base que sofreu lesão quando recebeu uma ou duas chances. No time reserva, ou alternativo, ou que tapava os buracos no calendário quando o Inter tinha três competições, Trellez reinou, e talvez ainda reine, na área adversária, mesmo sem fazer gols.

A torcida, essa que não sabe nada, que não entende nada, protestava e reclamava da presença inexplicável do colombiano à frente do ataque. Contra o Fortaleza, vitória fora de casa, com o time alternativo, o gol e a vitória saíram logo depois da saída de Trellez. Sim, por obra do Odair.

Contra o São Paulo, Trellez não podia jogar por questões contratuais, uma ajuda inesperada, e veio a ressurreição de Pottker, aquele que a torcida sempre pedia para deixar o time, e o gol e a vitória vieram logo após a saída de Pottker, também por obra de Odair.

São dois pequenos exemplos de insistência em jogadores ruins, pouco ou nada produtivos, e que atrapalham o time pela sua presença em campo. Trellez está sempre atrasado, Pottker tem sérias dificuldades com a bola, e a torcida tem sérios problemas com esses dois, mesmo sem entender nada de futebol.

Odair tem créditos, muitos, pelo fato de o Inter estar onde está, mas o grito da torcida nas redes sociais e comentários em qualquer espaço certamente foram decisivos para que Nico jogasse no lugar de Sobis contra o Cruzeiro, e serão importantes para que Trellez não jogue mais, muito menos Pottker, que, além de não ajudar o time, barram quem poderia ajudar.

Enfim, a torcida, mesmo sem entender nada de futebol, mesmo sem saber coisa nenhuma, precisa continuar se manifestando, preservando o que o time tem de melhor, pois se depender só do treinador, não estaríamos onde até agora chegamos.

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