Mauro Loch

TIME “ALTERNATIVO”

4.7
(7)

Foi um jogo muito ruim do Inter, até explicável pela escalação. Mano improvisou Tahuan Lara na esquerda (tem jogado assim na base), jogou com Caio Vidal por 90 minutos e colocou Wesley como centroavante, deixando Maurício e Estevão no banco.

Heitor na lateral, repito, já tinha sido arquivado por Medina depois do desastre contra o Ypiranga, ressuscitado no Chile, renovou o erro tal qual o contrato. Heitor é colorado, sofre com o time do coração, mas o time sofre mais com ele em campo. O déficit físico parece ter sido substituído pelo déficit de atenção, e repito o que disse sobre Lucas Ribeiro, defensor que hesita, não serve. Pode até errar, mas quem hesita na defesa, não pode jogar. As notícias eram que Heitor estava a caminho da Bélgica, e agora nem sei se isso acontece.

Caio Vidal por 90 minutos foi uma invencionice pardalística braba. Embora tenha ido bem na base por dois anos, teve um momento com Abel, desde então toma todas as decisões erradas possíveis, e ainda entrou na onda de se atirar com exagero, criando a fama de simulador.

O Corinthians, jogando com time reserva, usou um guri que fez gol no Inter no jogo contra o sub-20, mas o Inter não. Aí jogam Heitor, Caio Vidal e Wesley, esse proporcionando cenas bizarras que não é possível chamar de jogadas. Novamente digo que alguma coisa esse sujeito deve ter apresentado para ser contratado para Premiere Ligue, mas não consegue mostrar nada no Inter, e segue sem saber onde a bola vai, o que é fatal para um atacante.

Cardorini também não aproveitou a chance, novamente.

O jogo foi arrastado, o Inter poderia ter vencido com um pouco mais de organização. Não entendi os ingressos tardios de Estevão e Maurício, este último acostumado a jogar pela direita. Mano escalou mal e mexeu mal. Até entendo a escalação, aproveitando um jogo que iria poupar, tirando toda responsabilidade dos que entraram pelo resultado, mas não deu certo, e se a ideia era testar, poderia ter voltado com outro time no intervalo.

Moledo e Kaíque fizeram uma boa dupla, mas o Ceará cabeceou mais bolas do que deveria. Moisés, apesar do gol, é um jogador difícil de entender, e é outro que faz opções muito erradas durante o jogo. Tahuan, mesmo discreto, mostra que tem potencial e futuro, mas precisa jogar com um time mais inteligente.

Keiller teve muito azar por ter lesionado o braço em seu melhor momento naquele Gauchão de três goleiros, perdendo espaço. Estamos bem servidos de goleiros, embora parte da torcida pegue no pé de qualquer egresso da base.

Não gosto muito de falar sobre arbitragem, mas o caos está instalado e aumentando. Esse árbitro de ontem é muito fraco, incrivelmente fraco; perdeu o controle de um jogo fácil, marcou um pênalti quando o goleiro afasta a bola primeiro e depois se choca com o atacante, deixou de marcar um pênalti em Caio Vidal e expulsou Cardorini de forma exagerada, referendando a simulação do jogador do Ceará. Mão no pescoço não é regra para expulsão.

Mas não é privilégio do árbitro de ontem, em geral, a arbitragem do brasileiro está muito abaixo de qualquer crítica, especialmente o VAR, que busca protagonismo onde não deve, e se mete onde não precisa. Se é certo que os jogadores brasileiros não colaboram, também é certo que nossa arbitragem vive de holofotes, buscando atenção em palestrinhas para treinadores, interrupções demasiadas e exageradas e uma constante busca por ser o centro de um jogo, o que está conseguindo da pior maneira possível.

De qualquer forma, não é possível depender de arbitragem para vencer o Ceará, mesmo com time “alternativo”.

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