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Novamente um final de semana sem futebol do Inter, resumido à série B, com contornos de emoção para a última rodada, para os vascaínos, e uma Libertadores insossa, com uma final que perdeu a graça na expulsão do zagueiro afleticano.

O Vasco se esforçou muito para chegar na última rodada e depender de confronto direto. Por mim, Vasco sobe, time com torcida e tradição, daqueles puramente raiz, com dirigente vitalício e cordão umbilical com o povão, mas futebol não é só isso.

Minha torcida é pela subida do Bahia também, outro time com torcida e tradição no seu Estado.

Assisti a uns poucos minutos da final da Libertadores, um jogo fadado a não ter alma, em estádio neutro demais. Com a expulsão, que nem vi se foi justa ou não, perdi o interesse.

Do pouco que vi, novamente o Fla é mais badalação que futebol. Por mais que os resultados impressionem quando se coloca os três últimos anos em perspectiva, há uma conjuntura que favoreceu, principalmente a crise argentina recente e o sumiço de paraguaios, uruguaios e chilenos do cenário, além do ocaso da Colômbia. Os brasileiros estão aproveitando a onda, mas o Fla ganhou do River sem jogar melhor, sem exuberância, em falhas pouco previsíveis para aquele time.

Depois conseguiu resultados internos bem manchados por verdadeiras armações da arbitragem, mesmo gastando uma quantia inimaginável para nossos padrões. A meu ver, já começaram a gastar errado, e, mesmo tendo reposição financeira, não tenho muita certeza que aprenderam como se faz, se é que alguém sabe como se faz.

É o time mais elogiado do momento, mas que não permanece com o mesmo treinador em uma mesma temporada, e os comentaristas falam em projeto e planejamento, esquecendo que nenhum conseguiu ficar um ano no clube. A contradição reina.

Por aqui, ainda na briga pelo vice-campeonato, o Inter já mira 2023. Na verdade, os comentaristas já miram que querem que Edenílson fique para 2023, sendo eleito o melhor do jogo contra o Ceará, mesmo sendo patético 90% do jogo.

Já tinha comentado em outras oportunidades sobre meu convencimento de que ele não quer sair, e apenas faz uma cortina de fumaça para ser valorizado. A braçadeira de capitão é um tapa em boa parte da torcida, e aquela fala do Mano sobre ele querer deixar o clube fica cada vez mais próxima da jogada de empresário.

Na minha modesta opinião, um time melhorado para 2023 passa pela saída de Edenílson, ou teremos mais do mesmo em pouco tempo.

Acredito que um dos maiores méritos desta temporada foi jogarmos com menos volantes, e chegamos ao ápice de não termos o volante clássico para colocar em campo, posição que normalmente oferecia um grande número de nomes. O Inter teve Gabriel, e improvisados Liziero e Johnny, quando já tivemos 4 nomes para o mesmo lugar.

Esse diferencial não pode mudar, essa ideia de jogo deveria continuar, com meias defendendo em vez de volantes atacando. Claro que não se resume a isso todo o futebol do Inter, mas nossos anos de seca passaram muito por essa situação.

Embora a temporada ainda não tenha terminado, creio que o segundo ponto alto foi a capacidade de desapego de jogadores com bastante tempo de casa. Mesmo que os leitores do blog pensem de forma diferente do resto da torcida, alguns jogadores aclamados por boa parte da torcida e imprensa seguiram para longe do Beira-Rio sem deixar saudades de suas apresentações, com substituições bem melhores.

De quebra, é um fim de temporada onde se vislumbra uma continuidade das coisas boas que aconteceram.

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