4.7
(21)

Poucas vezes lembro de ter visto um jogo em que a demonstração de superioridade de um time foi tão evidente como no primeiro tempo contra o Vasco. O Inter dominou todas as ações do jogo, controlou o ritmo, chegou na área, e, em determinado momento, até o constrangido comentarista da TV falou em jogo de ataque conta defesa.

Esse foi o retrato do primeiro tempo, com pouquíssimas falhas, entre elas uma de Cuesta atravessando uma bola.

O time ainda precisa de entrosamento, Galhardo e Abel não se conversam direito, mas o que parece faltar de técnica ao uruguaio, sobra de vontade e dedicação. Galhardo, por outo lado, flutua.

O Inter dormiu líder e faz uma campanha pouco provável se analisarmos as baixas de Guerrero e Saravia, e as presenças de Uendel e Rodinei. Tenho ranço com Patrick e Lindoso, e Marcos Guilherme é dispersivo demais, embora compense com intensa movimentação, mas sempre passa a impressão de que poderia mais. Enfim, é o elenco que temos em uma temporada que não  permite treinos. Sei que não nos permitimos um  elenco estelar, mas alguns jogadores destoam muito do grupo, e precisam de alternativas que venham da base.

O segundo tempo foi o retrato do que é essa temporada, descansar jogando, controlando o jogo, mas passou um pouco da conta. Voltamos desligados, quase desinteressados, pedindo para que o Vasco fizesse um gol para retomarmos o jogo. Galhardo parou em excepcional defesa do goleiro vascaíno no que poderia ser o encerramento antecipado do jogo, mesmo que antes o Tottenham tivesse permitido um empate depois de abrir 3×0.

Mas é fato que o Vasco até tentou, mas não fez o gol, e o desligamento da chave mostrou muitas falhas de Rodinei, voluntarioso, mas errando. Um pouco dessa vontade poderia ser compartilhada com Uendel, que segue bem acovardado e inseguro nas jogadas de frente.

Edenilson fez bom jogo, mas ainda o quero na posição do Lindoso, acelerando um pouco mais a saída de bola e distribuição de jogadas. Dourado novamente em campo é um alento que amplia as possibilidades e pode ser a alternativa à má fase de Musto, mas ainda não é o primeiro volante que precisamos, exceto se mudar o estilo depois da parada longa.

No jogo anterior, outro domínio constrangedor, dessa vez do Fla sobre o Corinthians, e também um período de pane no Flamengo após abrir o placar mais elástico. O VAR segue ativo, com reclamações infundadas sempre baseadas no erro humano, ainda não eliminado. Não consegui ver impedimento do Gil no gol anulado, mas o Liverpool teve gol anulado em condições também muito próximas, e o Fortaleza teve gol confirmado, aliás, em atuação constrangedora do Palmeiras.

Não poderia deixar de destacar a belíssima camisa do Inter, além da importante lembrança do significado do outubro rosa, o bom gosto estético foi primoroso, e colocou o clube no patamar das belas inovações, não esquecendo que a ideia desse escudo se não tem origem, tem nascedouro aqui no blog.

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