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Avaliando o que temos de positivo do jogo de ontem, é possível começar a projetar 2019.

O Inter, não apenas ontem, mas em todo o campeonato, desperdiçou grandes chances de, ou tomar a liderança, ou solidificar sua posição.

A parte ruim disso é que, em quase todos os jogos cuja chance foi perdida, do outro lado estavam times mais fracos, pelo menos, historicamente mais fracos. Assim foi com o América, Sport e Chapecoense, e ontem contra o Ceará.

Essa história de que os 3 pontos do início do campeonato valem os mesmos 3 pontos do fim, funciona muito bem na matemática, mas não é apenas isso que se contabiliza em um time campeão. Palmeiras, com 5 pontos de vantagem, joga sem pressão, e seria diferente com dois ou três de vantagem, assim como essa pressão não existia no início do campeonato, assim como o Inter também não jogou pressionado no início, senão para não ser rebaixado.

Desta forma, acredito que alguns 3 pontos valem mais que outros mesmos 3 pontos, dependendo do momento do campeonato, e, nesses momentos em que 3 pontos valiam mais, o Inter falhou.

Acho que esse é o  ponto positivo do jogo de ontem, identificarmos onde falhamos, e vi isso muito claro na partida.

O Inter fez um primeiro tempo muito bom, só faltou fazer gols. Aceitou bem a pressão inicial, sem pavor, passou a controlar o jogo e ofereceu perigo. Achou um gol na falha do goleiro, na segunda jogada tramada que tentou, e aí o pavor apareceu, espantado com alguns balões.

Novo controle do jogo e gols perdidos em profusão. Jogadaça do Edenílson, do Nico e novamente do Nico, desperdiçadas por Damião e Patrick. Faltou um pouquinho pra liquidar o jogo no primeiro tempo, antes do verdadeiro horror que foi o segundo, iniciando pela falha do Cuesta, que poderia ser resolvida por um posicionamento melhor do Emerson e do Dourado, mas não deu, por pouco.

Esse pouco que falta é o nosso problema. Esse pouco parece inalcançável, animicamente falando. O Inter não se impõe exatamente nos momentos em que deveria, e isso não é só qualidade técnica.

D’Ale cansou no primeiro tempo, visivelmente. Essa é outra lição positiva para 2019. Não dá pra contar com ele toda a temporada, todos os jogos, o tempo todo, e não há substituto, hoje, no elenco, que tenha sido testado. Será um erro insistir.

Assim como será um erro insistir em Pottker. O Inter melhorou seu volume do jogo quando Pottker saiu por lesão, e criou mais alternativas de jogadas. O modelo anterior, por mais que tenha acumulado pontos, é um modelo perigoso, que rapidamente fica manjado e se esvai.

Nico achou seu lugar, e não é fixo aberto pela direita. Precisamos de um centroavante que faça os gols fáceis, e alguns difíceis, e Damião, Ou J. Alvez, ou mesmo Pottker, não se enquadram nessa caraterística, e Guerrero talvez só em abril.

Patrcik começou muito bem, achou a posição depois do grenal, que não é aberto pela esquerda, mas caiu muito, e não tem nenhuma sombra sequer para jogar no seu lugar. Rithely não é solução.

Assim, temos um saldo positivo do reconhecimento que precisamos qualificar o grupo, mas com titulares, e fazendo com que alguns titulares saiam do time de 2018 e sejam apenas opções para 2019.

Finalizo com uma questão que não vai agradar muitos colorados, mas insisto: nossos goleiros Lomba e Danilo não sabem sair do gol, erram sempre, deixam a defesa insegura; precisamos de um goleiro que saiba sair do gol, ou esqueçam campanha boa em Libertadores.

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