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Atrasei minha postagem semanal em virtude do jogo pela copinha, já que o time principal não oferece boas notícias em termos de montagem de time, com uma direção lenta e de objetivos pouco claros na formação do elenco para Coudet.

Isso fica claro na opção por jogadores que não parecem ter o perfil agressivo que o treinador contratado costuma imprimir nas suas equipes, e ainda pela troca de jovens por jogadores mais velhos.

Ja tinha visto parte do segundo tempo do primeiro jogo, mas já estava 3×0, e pouco se espera de um jogo resolvido. Embora o Inter seguisse no ataque e controlando o jogo, não havia o afã pela goleada, ponto negativo.

O segundo jogo não foi resolvido logo, mas no decorrer de 70 minutos, mesmo com o time novamente dominando a partida. O que achei de diferente foi a constância da marcação alta, lá no campo do adversário, com quase cinco jogadores, e não aquelas investidas de um ou outro atleta isolado. Mesmo sem um bloco específico de todo o time, havia um avanço no campo adversário. Isso ocorreu até quase o fim do jogo.

Outro ponto que chamou minha atenção foram os chutes de fora da área, coisa tão escassa no time principal. Aos 5 minutos, já tínhamos uma bola na trave, de dentro da área, e dois chutes, sendo um do volante.

O placar foi construído com calma, até irritante pelo amplo domínio do jogo, e contra um adversário que não conseguiu jogar nada. Mas vamos às impressões individuais que tive dos nossos guris.

O goleiro não foi exigido, uma saída por baixo muitíssimo bem executada, uma falha feia na saída pelo alto, e um impressionante índice de acerto de bolas longas e de passes com os dois pés. Apenas um balão não foi no pé do atacante, mas TODOS os passes longos foram certos. Joga adiantado, quase como um terceiro zagueiro, com muita segurança.

Nosso lateral, Lucas, era atacante até seis semanas atrás, quando começou a treinar como lateral e virou titular. Joga fácil, tem muita habilidade e cruzamento forte, daqueles com efeito da bola saindo do goleiro. Em um lance, domina uma bola esticada na bandeirinha de escanteio com embaixadinhas. Pouco se viu na marcação, mas ficou claro que é jogador para tratar bem.

Nossos zagueiros tem bom passe, saem pro jogo, mas, como o lateral, não foram exigidos em nada.

O volante, sim, o, Volnei, chuta, é muito alto, parece desengonçado, e é muito inteligente jogando. Parece ter um pouco de habilidade e bom passe longo, começou bem mas não seguiu em bom nível. Foi o responsável pela distribuição do jogo e é o único marcador nato do meio.

Praxedes, que veio do Flu depois de elogiar o Fla, é um dos destaques da mídia. Jogador com muita habilidade e técnica, tem muitos recursos para ficar com a bola, e chuta também. Pareceu lento, mas com um passe muito qualificado na perna esquerda, mas parece sem intensidade, sem muita gana de jogar. Merece observação melhor em jogo mais pegado.

Cesinha é o 10 que deveria ser aproveitado como Nonato e Edenilson. Tem habilidade e parece que gosta de se movimentar muito, bom drible curto e aparece na área com frequência, enxerga bem o jogo e também finaliza. Baixote, mas sempre no jogo.

Pela direita, Matheus, que não apareceu muito, senão no segundo gol, fazendo parece e enfiando a bola pro centroavante. Perdeu um gol ao tentar dominar a bola na pequena área em vez de chutar, pois não parece ter confiança na perna esquerda. Parece rápido, mas não fez nenhuma jogada de velocidade.

Pelo outro lado, Nicholas, que não fez nada no primeiro tempo. No segundo, um gol e duas arrancadas. Parece ser o jogador de velocidade, mas na bola mais longa que teve, não pareceu controlar bem. Gol clássico de trazer para dentro e chutar, contando com a falha do goleiro e outro chute na trave aos 47 do segundo tempo.

O centroavante Caio perdeu um gol de cabeça no primeiro minuto, mas fez outos dois, e perdeu mais uns dois. Não me incomoda muito atacante que perde gols, Trellez nem isso. É outro que chuta, se movimenta bem, não é do tipo fortão e pesado e tem certa habilidade, merecendo ser mais observado.

Os reservas jogaram pouco, Guilherme Pato um atacante que chuta, mas já parece gordinho, Mosquito um meia mais marcador que merece ser visto jogando mais.

Deixei por último o lateral esquerdo que me pareceu ter qualidade para já subir, seja qual a idade. Leonardo, com bom cruzamento, rápido, dribla, vai ao fundo, e parece ter velocidade também. Foi o jogador que mais se destacou nas minhas observações, e o que apresentou mais chances de integração imediata, junto com Cesinha. Se jogar, vira titular nos profissionais, arrisco eu.

O treinador, Fábio Mathias, optou por um time com um volante marcador, e uma marcação exercida por todos os jogadores do ataque e meio, lá no campo do adversário, com muita pressão exercida por muitos jogadores, bem diferente do que costumava ver na base. O adversário pouco teve a bola, pouco sabia o que fazer com ela, e esse estilo tem que ser testado contra adversários mais fortes, até para conferir a intensidade da marcação no próprio campo, mas foi algo diferente do que se via até agora. E o time não parou no primeiro ou segundo gol, nem no terceiro. Mesmo com períodos de baixa produção, não havia a malemolência do time profissional e da base de outros anos.

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