3.7
(21)

No início do que poderia ser uma crise, após o empate no grenal, ou a não vitória no grenal, o Inter fez duas exibições seguindo o protocolo para afastar crises: venceu.

O jogo contra o Bragantino foi facilitado pela atuação do adversário e pelo treinador, que retirou seus dois melhores jogadores quando esboçava uma reação. Dois gols de Galhardo apagaram uma exibição burocrática, de simples manutenção do resultado, abusando de passes recuados e laterais.

Foi um jogo apenas pelo resultado, sem brilho, mas cumprindo o protocolo, gerando segurança para o retorno de um futebol que já apareceu. A boa notícia foi Heitor, mais seguro, simples e eficiente, mesmo com um ou outro erro. O jogo poderia ter sido decidido antes, mas, como todos sabem, Patrick tem problemas com finalizações.

O segundo, ontem, foi também burocrático, protocolar, facilitado pelos dois gols cedo no primeiro tempo, mas que se tornou difícil pelos erros do Inter, inclusive do Coudet.

O primeiro erro é insistir em Moisés, principalmente com dupla com Patrick. O gol do Furacão acontece em patuscada dos dois, que revelou muito do Inter desde a lentidão de Cuesta e Lindoso, até a incapacidade de Moisés e Patrick para o fundamento do passe.

O jogo poderia ter sido decidido antes também, no chute de Heitor, que repetiu a atuação desde o grenal e por Abel, que parou da bela defesa de Jandrei, na jogada de velocidade com Marcos Guilherme, única que parece funcionar com ele, mas pouco executada.

As boas notícias ficaram por conta de Yuri Alberto, em duas belas jogadas, e Praxedes, ainda amadurecendo, ganhando força muscular, mas evoluindo e ganhando, lentamente, até demais, confiança para as jogadas individuais. Aliás, a jogada merecia o gol.

As más notícias são as mesmas, a insistência com Musto, Lindoso, Pottker, Moisés (acho que ainda é o que mais deu assistências para gol) e o próprio Marcos Guilherme. Aliás, montar um sistema defensivo que dependia de Marcos Guilherme e Pottker para marcar o meio foi uma das piores ideias que já vi, pois ambos tem dificuldades cognitivas sérias para entender um jogo, e, principalmente, para marcar, além da falta de noções básicas de futebol sem a bola (com a bola também, em boa parte).

É de Marcos Guilherme também o desperdício da chance muito bem criada por Zé Gabriel (em má fase, errando muitos passes nos dois jogos), aliás, inacreditavelmente desperdiçada por pura falta de confiança.

Depois fomos salvos por uma bola na trave em falta causada por Potkker, e em cruzamento depois de Pottker virar de costas para o marcador, por defesas incríveis de Lomba, no mesmo lance.

Espero que o jogo tenha servido de amostra para Coudet não usar algumas duplas em campo, muito menos Pottker isoladamente, e evitar Lindoso e Musto no mesmo time, ou simplesmente evitar Musto. Por mais curto que seja o elenco, há outras alternativas que diferem de tentar o que repetidamente dá errado. O segundo tempo pareceu, após a saída de Praxedes, uma tentativa de treinar o time a jogar com dois a menos, isso considerando Moisés e Rodinei entre os 9.

Ainda assim estamos em segundo, com um jogo a mais dentre os quatro primeiros, mas eles tem que jogar. Galhardo, em fase iluminada, mantém o time fazendo gols e garantido o resultado que o sistema defensivo tem insistido em levar, mesmo ainda sendo a melhor defesa do campeonato.

Não há mais tempo para corrigir os mesmos erros repetidos dos mesmos jogadores, e cabe ao nosso treinador modificar esses jogadores, pelo menos tentando novos erros, ou acertar como fez com Heitor. Creio que Yuri mostrou que merece uma chance ao lado de Galhardo, embora Abel não tenha feito má partida, mas o guri mostrou mais qualidade e coragem. Praxedes também pede mais chances, e sigo implicando com a presença de Patrick, e pedindo mais alternativas, com esse mesmo elenco à disposição.

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