3.8
(16)

Não vejo o Inter com chances de título nestas duas competições que faltam. Não via com Coudet, não consigo ver agora, e não vou falar em vaga.

O resto do ano/temporada tem que servir apenas para preparar o ano que vem, já que não haverá pré-temporada. Na verdade, esse ano serviria para preparar o ano que vem, mas a saída do treinador no meio do campeonato esculhambou minhas pretensões, e resta esse segundo turno para ajeitar alguns jogadores e confirmar a dispensa de muitos outros.

O início do jogo de ontem mostrou que alguns jogadores já deram sua contribuição (ou não) e esgotaram suas possibilidades. Nisso incluo o treinador.

Primeiro o início com Rodinei. Não fez má partida, mas é frequente na marcação à distância, que permitiu Keno cruzar sem grandes preocupações para a área. Lucas vimos estrear, na fogueira, e foi bem, fora de ritmo, levou um cartão absurdo e ainda um pouco lento. Entregou uma bola que tentou cruzar na saída, mas não resultou em jogada perigosa. Mostrou ímpeto para sair jogando. Já seu companheiro de zaga, acredito eu, deveria desocupar a vaga. Cuesta não fez má partida, mas dá sinais claros de desgaste, de falta de força no bote, no arranque, que sempre foi uma de suas melhores características.

Uendel já faz hora-extra há algum tempo. Nitidamente é opção do grupo, que isolou Leo Borges nos seus primeiros minutos no time titular, e fica mais feliz com ele do que com Moisés. Uendel só se justifica por isso, e a pixotada no primeiro minuto de jogo também deixa isso claro. Difícil dizer, no segundo gol, se deveria acompanhar, pois Patrick estava na jogada no início, mas essa bola cruzada da quina da área é recorrente, e vejo pouco ânimo de Uendel para acompanhar o que quer que seja.

Claro que iniciar o jogo com Dourado e Musto não poderia dar certo, e colocar Dourado como o marcador mais avançado do campo adversário também foi uma ideia muito pouco inteligente, abusando da moderação. Marcos Guilherme e Yuri eram prioritariamente marcadores dos laterais, e a construção ficou apenas com o volante/winger Patrick, já que Galhardo segue desinteressado e mal posicionado.

Ainda assim, um belo gol, em bom cruzamento de MG e bela movimentação de Yuri, que também finalizou muito bem.

Mas o empate veio logo, pois ninguém segue com Musto impunemente.

O Galo tomou conta do jogo, mas não conseguiu finalizar, méritos de 11 jogadores atrás da linha da bola, especulando um contra-ataque. Que até veio, em outra boa jogada de Yuri, em pênalti claro que não foi marcado pela queda espalhafatosa e desnecessária. Uma queda mais natural levaria à marca da cal, pois o toque houve.

Yuri tem ainda uma outra boa jogada, que me fez desacreditar em Igor como bom zagueiro, em falta mal batida por Fernandez, atualmente o único cobrador do elenco.

Claro que não posso deixar de falar de Lomba, nosso goleiro enraizado, em todos os sentidos, no gol do Inter. Lomba não sai, joga mal  com os pés, se apavora com bolas atrasadas, não consegue dar um balão decente e não sabe sair com as mãos. Creio que há muitos jogos não tem uma defesa difícil, e sua postura de não sair do gol, encoraja cruzamentos de qualquer local do campo.

No segundo tempo o time veio com outra postura, sabe-se lá de onde veio a ideia. Marcando mais em cima, quase pressionando, meio desorganizado, mas pressionando, já sem a lentidão de Musto, mas pouco diferente em velocidade com Lindoso.

O Galo virou, já tinha melhorado e oferecido perigo, mas o gol veio em jogada recorrente de cruzamento após marcação dobrada bem relaxada e infiltração entre os defensores, Vemos Cuesta seguir um atacante, e Hyoham entrar entre ele e Uendel cabeceando contra um goleiro estático.

O gol fez bem ao Inter. Já tinha entrado Praxedes, que tomou a armação para si, fez boa jogada rompendo linhas pelo meio e lançando um incrédulo Rodinei, e depois coloca Galhardo na cara do gol, que desfere um chute potente, mas encima do goleiro.

Aí vieram Peglow e Mauricio, e mesmo desorganizado, sem referência, o time passou a se movimentar mais ganhar mais bolas, mesmo com criação deficiente e nenhum entrosamento. O empate já veio quando ninguém acreditava mais, em bola rebatida que sobrou para a excelente finalização de Peglow.

A gurizada deu outro gás ao jogo, nitidamente não está pronta, mas só ficará se jogar mais e tiver entrosamento. Isso ficou claro em jogada que Yuri tira a bola da finalização de Praxedes.

Na falta de opções, sem Boschilia, Guerrero e Saravia, esse tempo que resta precisa servir para preparar essa gurizada para o ano que vem, mais Jonnhy, Fabro, Lucas Ramos, para que a nova diretoria tenha uma base com gás para acertar nas contratações cirúrgicas. O que vier esse ano, agora é lucro.

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