3.8
(32)

Mais três pontos fora de casa, e em uma única partida, coisa que não acontecia há algum tempo no Inter. Sim, temos que ficar felizes.

Não foi uma belíssima apresentação, digamos que foi regular, mesmo até os 2×0, fizemos um jogo regular, não com a mesma intensidade de outros jogos, mas com o mesmo controle do jogo no início da partida, desacelerando após o segundo gol.

Imagino que a ideia do Coudet seja preservar os jogadores mesmo jogando, já que tem um plantel bem diminuto em termos de opção, e tem sofrido baixas com lesões de todo o tipo, inclusive Covid-19.

Não parece ser o ideal, prefiro uma mescla de jogadores, mas não sei se houve tempo para isso, e, em seguida, devemos ter outros campeonatos pela frente, de modo que a hora de pontuar bem é agora, principalmente contra times em que vencer é teoricamente mais fácil.

Novamente o Inter começou acelerado, com intensa recuperação de bolas e alternância de jogadas pelos lados, culminando num cruzamento certeiro de Moisés, com a movimentação de Galhardo. Nem lembro qual o último gol de cabeça após um bom cruzamento de um lateral esquerdo.

O segundo gol veio de novo dos pés de Galhardo, brigando literalmente cercado por adversários, encontrou Boschilia que não deu chances para Gatito. Poderíamos ter liquidado o jogo no primeiro tempo, mas Galhardo, justificadamente, foi fominha e não passou para D’Alessandro.

Depois veio a desaceleração e controle do jogo até o final do primeiro tempo, com boa troca de passes, e raríssimas bolas para disputa aérea de Galhardo. Isso foi um diferencial do que havíamos apresentado em jogos anteriores, com ou sem Guerrero, e é uma evolução.

O segundo tempo foi de quem precisava do placar, e novamente o Inter foi atacado e não procurou muitas jogadas ofensivas. Repito, não é o que acho ideal, mesmo sendo estratégia, mas tem nos dado vitórias com um futebol consistente em parte dos jogos, diferente do que víamos em outras ocasiões, em que ganhávamos mesmo sem ter um futebol consistente em nenhum momento do jogo.

Aí aparece um novo mérito de Coudet, que não conhecia; nossa defesa não tem tomado gols. Até agora, só foi vazada por pênaltis no Brasileirão. Não que os outros times não tivessem chances de gol, mas as conclusões contra nossa meta são raras, e mesmo a bola aérea que nos castigou até bem pouco tempo, parece que recebe mais atenção.

Nossa linha de impedimento tem funcionado muito bem, e a marcação dos meias está eficiente e com saída rápida. Sábado, jogamos sem atacante de velocidade até o ingresso de Marcos Guilherme, cabendo a Edenilson e Boschilia essa função, mas sem a mesma efetividade.

O VAR anulou gols, como tem ocorrido em vários jogos, por isso nem vou entrar na polêmica de ajuda ou não. O lance sobre Patrick foi falta, clara, e daí surgiu o lance do gol, por isso não entendo o mimimi da imprensa local. Já tivemos pênalti pra lá de duvidoso contra o Fluminense, sem o mesmo mimimi.

Mas não consigo admitir tomar gol (mesmo anulado), de cruzamento da intermediária para a linha entre a marca do pênalti e pequena área. Tenho repetido inúmeras vezes, dois passos à frente do nosso goleiro, em uma bola que jamais será chutada a gol da lateral intermediária, resolvem o problema e obrigam o adversário a elaborar jogadas, e não simplesmente cruzar na nossa área.

O time, sofrendo pressão, melhorou novamente com o ingresso de Musto, e Boschilia também melhorou jogando onde parece gostar mais. Ainda sigo sem entender Patrick no time titular, pois é grande o desperdício de jogadas com ele, e não consigo ver eficiência na marcação.

De qualquer forma, estamos pontuando em um momento de pontuar, ganhando fora de casa, com um esquema sólido e com jogadores sabendo o que fazer. Não estamos no ponto ideal, mas parece que temos um caminho.

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