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Planejamento houve, isso é o que toda a imprensa está noticiando. As explicações do clube, do Sport Clube Internacional, dão conta de que o Inter escalou o time reserva para recuperar fisicamente os jogadores, que seriam utilizados na próxima partida, em caso de classificação. A inserção de Sasha e Edenilson no intervalo confirmou que o Inter buscava a classificação.

A explicação me serve, ao mesmo tempo em que me preocupa.

Serve porque demonstra que houve um planejamento, que estavam atentos à necessidade de recuperação física dos jogadores, e que estavam pensando em ambos os campeonatos. Não desmente a utilização de Sasha e Edenilson, não tão desgastados como os demais, uma vez que não jogaram tanto na temporada.

A preocupação é com o mérito do planejamento; é por achar que, com o time reserva, passaríamos pelo Galo com Robinho e Fred. Certo, não foi lá tão desparelho, e Giovanni foi um dos nomes da partida, depois que Sasha e Edenilson entraram, assim como Carlos foi outro nome pelo número de erros graves no ataque. Se serviu para avaliar alguns jogadores, tenho minhas dúvidas. Acho que dá pra avaliar quem foi bem, mas é difícil avaliar quem foi mal, porque não joga com o time entrosado; em companhias melhores, talvez houvesse destaque. Mas esse é outro assunto.

O resultado do planejamento foi Camilo fora, e, com o jogo treino realizado no sábado, já com os jogadores recuperados fisicamente, D’Ale também fica fora da partida de amanhã. Parece que nesse quesito de recuperação física, o planejamento também não deu muito certo, embora já tenhamos visto jogadores fora por tropeçar em malas no hall do hotel.

O resultado do planejamento é uma segunda dúvida: Gutierrez ou Juan.

O chileno, sem ritmo nenhum porque sequer dos jogos treinos participou, tem mais experiência, e parece, tem sido usado por Guto na função do D’Ale. Gosto dele, do seu estilo participativo, que desarma e aparece para o jogo. Já disse, gosto de jogadores que perdem gols, os prefiro aos que nem isso conseguem. E Gutierrez chuta.

Juan, quando acompanhava mais a base, não era o armador, fazia a função de meia que marcava e passava bem, mas não era o homem do último passe. Mas na base a evolução e transformação são rápidas, e todos estão dizendo que Juan pode ser esse homem do último passe, o que pifa o companheiro. Juan entrou bem em alguns jogos, foi discreto em outros, para não dizer mal, mas ainda foi pouco para avaliar. Parece que fez uma apresentação muito boa no jogo-treino de sábado. Juan também chuta.

Guto terá essa dúvida, ou talvez seja ela apenas da imprensa e nossa. Eu jogaria com os dois, alternados, primeiro o Gutierrez, que, sem ritmo, talvez não renda os 90, e no intervalo entraria com o Juan, dentro do esquema do Guto, esse que nos rendeu seis vitórias consecutivas na série B. Talvez o resultado do planejamento não tenha sido tão ruim, forçando testes que jamais aconteceriam.

 

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