2.7
(35)

Sei que é difícil ter paciência com uma sequência bem grande de erros individuais, que quase comprometem a vitória na quase estreia do nosso novo treinador na casamata.

Quase porque efetivamente foi ele quem instruiu o time, e organizou o esquema, e quem fez a alteração do esquema e dos jogadores, mesmo sem a presença na beira do campo, limitada à sorrateira aparição ao lado dos auxiliares, e de um evidente descontente Osmar Loss.

Não foi um jogo maravilhoso, bem longe disso, mas as mudanças foram notórias, ainda que com os mesmos jogadores, sem nenhum acréscimo de reforços, senão o retorno de Guerrero.

A saída de bola segue a linha do Coudet, mas com diferenças, há troca de passes, mas os laterais não são tão espetados e a ideia é que o meio se movimente mais, inclusive com os laterais preenchendo o meio e avançando por ali, não somente pelos lados. Os passes longos não são apenas para os laterais, mas pelo meio também.

Foram 10 minutos de boa demonstração de marcação alta, com quase todo o time dentro do campo adversário, e pecamos muito na insistência com Marcos Guilherme, que errou todos os lances que participou, desde perda do domínio, até passes curtos errados. É um jogador que não merece nenhuma nova chance, até porque Caio Vidal entrou muito melhor que ele.

Edenílson jogou mais recuado, onde sempre achei que deveria jogar; buscou jogo, acelerou, mas não cumpriu a função de marcação, e rendeu muito mais como meia pela direita, onde Nonato quase atuou. Nonato tem imensas dificuldades de compreender a orientação tática. Já foi assim com Coudet, e ontem se repetiu perdido em campo, tentando ser participativo e até roubando bolas, mas muito mal posicionado no ataque e defesa, além de incrivelmente burocrático. O time melhorou muito com sua saída.

Depois do belo gol de Yuri Alberto, o time deixou de jogar no campo adversário e os erros apareceram com certa frequência preocupante. Moisés, Cuesta, Edenilson, Danilo, Zé Gabriel, até o erro fatal de Rodinei. Todos, todos cometeram erros infantis na escolha do passe e entregaram a bola ao adversário. Zé Gabriel, por ser da base, é o que mais sofreu críticas aqui no blog. Como Bruno escreveu, síndrome de Pato.

Danilo mostrou que não sabe jogar com os pés, o que parece ser um requisito para o goleiro. Não é de hoje, nunca soube, assim como Lomba, e a tentativa de mostrar serviço quase redundou em gol. Moisés foi salvo por Zé Gabriel, Cuesta surfa na sua popularidade, Edenílson se recupera, e Zé Gabriel foi salvo pelo erro adversário.

Rodinei será salvo pela jogada do último gol, e talvez pela sua primeira assistência no primeiro gol.

No meio, Praxedes até tentou, mas não conseguiu fazer a ligação com o ataque, muito marcado, teve dificuldade no passe rápido e também na condução da bola. Praxedes chuta, e acho que é um jogador que merece uma insistência. Peglow só partiu pra cima em uma oportunidade, é muito pouco para quem que ganhar a posição. É rápido, mas está nervoso demais, ansioso, e erra muito.

Yuri, além do gol, um balaço na trave, mas era pra ter feito.

Aí entra o treinador na quase casamata. Em seguida viu a inoperância de Marcos Guilherme, depois viu que Nonato estava atrapalhando, e mesmo com Lindoso, o lento, acertou o time com Edenilson na meia. Guerrero é um toque de muitíssima qualidade, além da segurança na retenção da bola, e Patrick até acertou um belo chute de fora da área, mas carece de jogo de conjunto, embora presente no último gol.

Com as substituições, MAR não colocou o trio de ataque que talvez seja o melhor que temos antes da chegada de reforços, pois gostaria de ver Yuri aberto pela esquerda, Guerrero centralizado e Caio Vidal no outro lado. Galhardo entrou bem, perdeu um gol que não se perde, mas tenho dúvidas se consegue jogar no 433 pelo meio.

Enfim, é sempre bom começar com vitória e precisamos todos ter paciência com os jogadores, que recebem uma determinação de jogar de forma diferente do que faziam meses atrás, e que, embora em alguns aspectos parecida com a forma de um ano atrás, tem diferenças importantes.

Já nosso treinador que quase estreou, mostrou que sabe identificar os problemas da equipe e fez boas alterações, encorpando o time e virando um jogo. Ainda assim, seu esquema de jogo, sua ideia de dinâmica do jogo, não será assimilada e executada em tão pouco tempo. Aí só nos resta a paciência, ou pedir a volta de Abel, Odair e afins.

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