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Foi o encontro de dois times que levam poucos gols, e que não levaram nos últimos 5 jogos, então o placar não é de assustar.

Assustadora foi a apatia do time no primeiro tempo, bem distante daquele Inter mordedor, aceso, guerreiro, aproveitando o trocadilho, de outras partidas. Nossos jogadores pareciam anestesiados, vendo o Porco ganhar todas as divididas e ficar com a segunda bola em todas as ocasiões.

Não que o Palmeiras tivesse conseguido envolver o Inter. Tirando uma ou outra jogada do bom Hyoran, aproveitando o que espero seja falta de ritmo do Zeca, o Palmeiras não foi envolvente com a bola, e o Inter esteve bem postado, tanto que a jogada mais perigosa de gol, desperdiçada por Deyverson, nasceu de um chute equivocado que interceptou.

Mas o primeiro tempo do Inter foi bem ruim, parte da estratégia do Felipão de marcar muito bem Patrick e Edenilson, e colocar o centroavante longe de Moledo e Cuesta. Odair levou muito tempo para corrigir o posicionamento, tanto que nossa primeira conclusão séria veio lá pelos 38 minutos, se não me engano. Rossi e Nico estavam inoperantes, e J. Alvez, com certeza, não é atacante para jogar fazendo parede e retendo bolas, ao menos, não parece ser.

Já no segundo tempo, o time melhorou, mais animicamente do que na parte técnica, e esse é um ponto importante. Como bem disse um participante do blog, a escolha do Inter é por um time marcador, e que viverá de lampejos técnicos de seus volantes, seja um passe de Dourado, um drible de Patrick ou lançamento de Edenilson. Principalmente se Nico não flutuar e ficar preso em um dos lados do campo com aconteceu ontem.

O velhaco Felipão adiantou a marcação em Edenilson e Patrick, e o Inter ficou sem saber o que fazer com a bola, com Nico vigiado e Rossi bem deslocado, nossas opções eram o lançamento longo de Cuesta e Iago, para atacantes isolados e bem marcados.

Bem, assim como aconteceu com o co-irmão, a fórmula para marcar o Inter foi posta em rede nacional, pois o Palmeiras não recuou e esperou o Inter, como outros times fizeram, apenas marcou diferente.

Claro, Patrick e Nico até tiveram alguns lances de vitória pessoal, mas não havia muita gente na área, tanto que nossa melhor chance veio de um escanteio.

Aí, como também disse outro participante do blog, é preciso ousar, e ousar é arriscar, inclusive perder o jogo.

Ousar e arriscar também é mudar o esquema, e tentar surpreender o adversário. Odair não está mudando muito a sua forma de pensar nas substituições. Camilo é figura carimbada, e D’Ale entrou totalmente descompassado com o resto do time. Brenner é mais do mesmo, e, embora tenha conseguido uma ou duas paredes, não é jogador para o último passe, e não dá pra exigir isso dele. Mesmo nas vitórias, Odair quase nunca muda o esquema, substituindo apenas os jogadores.

Mesmo quando entra Camilo, o time segue com um atacante sem mobilidade fazendo a função de parede.

Talvez no lugar de um rompedor fosse a hora de tentar algo mais técnico, com mais habilidade e pouca responsabilidade na marcação, um franco atirador na linha de frente. Enquanto os titulares e reservas não conseguem, talvez fosse a hora de tentar um jogador como Richard ou mesmo o Sarrafiore, com a missão de partir pra cima com a bola, em vez de ficar recebendo bolas de costas para a zaga. Até Lucca poderia ser tentado.

Não tenho a certeza de que dará certo, mas é certo que o time precisa de opções jogando com o plantel que tem, pois Edenilson e Patrick serão mais marcados.

P.S: vendo o fardamento no início do jogo, ontem, foi inevitável lembrar de Marisa Monte cantando: “pintaram tudo de cinza…”

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