4.7
(19)

Mas é verdade. Mesmo não acreditando, é fato que descontamos pontos suficientes para encostarmos na liderança e brigarmos por ela na próxima quarta.

O time engatou uma série de vitórias contra times que deveria ganhar mesmo, exceto o Palmeiras, mas, em anos anteriores e mesmo nesse primeiro turno, não fizemos os pontos contra esses times.

Isso coloca o Inter,  patinho feio da mídia, na briga novamente, uma briga que matematicamente nunca deixamos, e, teoricamente, só dependemos de nossos esforços. Ainda sigo pouco crédulo pelo estilo de jogo do Abel, que faz o time e torcedor sofrerem, mas tem dado certo, jogando nas costas dos guris, que pediram  passagem depois que D’Alessandro saiu.

O Inter começou avassalador, tomando bolas em sua marcação baixa e saindo em velocidade. Praxedes fez assistência perfeita no primeiro gol, que Yuri errou mas teve sorte de bons jogadores, repetida pela vitória depois do gol que errou e que definiria o jogo.

Moisés, em seu melhor jogo, atacando e defendendo, com força e velocidade, cruzou muito bem a falta sofrida por Patrick, coroada pelo cabeceio de quem mais merece nesse time, depois de amargar uma longa recuperação. Já disse que não sou fã do futebol de Dourado, mas do jogador sim, mas impressiona a capacidade de sempre estar perto da bola na defesa.

O pênalti da inexperiência arrefeceu um pouco os ânimos, e vimos novamente o sofrimento que deve ser a marca do time de Abel. O gol de empate decorre de outra bola mal afastada por Cuesta, que quase faz um golaço de falta. Seu companheiro não deixou ter saudades de Moledo e parece ter sido um acerto da direção.

O 4141 de Abel ou Loss é um esquema que protege bem a zaga e laterais, e parece ser o ideal para Dourado e Edenilson, mesmo que esse não tenha feita um bom jogo. Patrick, por onde o time mais sofre na defesa, fez uma jogada excepcional no gol de Peglow, mas segue sendo o jogador individualista de sempre.

Já o lado direito, com Rodinei, é uma ameaça constante, e acredito que não tivemos nenhum cruzamento desse lado. Ainda que Caio ocupe os espaços que poderiam ser do lateral, nenhum dos dois tem boa assistência, seja em passe ou cruzamentos, e ainda não se acertaram em triangulações com Edenilson.

Praxedes já joga com mais desenvoltura, e aparece em mais lugares no campo do que nos primeiros jogos, ganha confiança e ganha o Inter. È guri ainda, não tem muita imposição física, mas enxerga o campo todo.

Yuri é a boa surpresa da temporada, chegou com desconfiança mas é o goleador de Abel, tem velocidade, chute e cabeceio, pecando ainda no passe, mas também é guri e vem nitidamente crescendo.

Espero que o gol arrefeça um pouco o nervosismo de Peglow, que quer mostrar logo a compensação pelo pênalti perdido. Jogando com mais calma, joga melhor e é mais produtivo.

Nossos próximos dois jogos definirão o que o time será no campeonato pela taça, ou protagonista ou figurante; um deles é o grenal, com a carga das não vitórias consecutivas. Antes, a briga pela liderança em pontos com o SP em decadência, mas vivo.

Confesso que não tinha nenhuma esperança no time de Abel, mas tenho que reconhecer os bons resultados, alguns sem bom futebol, mas com vitória. Ontem, nos 90 minutos, foi a melhor apresentação do time do Abel, embalada por atuações individuais que não tinham acontecido ainda. Tomara que siga assim.

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