Mauro Loch

NADA DE NOVO, DE NOVO

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Como hábito, o Inter teve dois tempos distintos contra o Vasco, um início covarde, preguiçoso, de toques laterais , sem nenhuma profundidade e apostando em uma jogada individual de Nico, o único com habilidade do meio para frente, já que Nonato ficou com funções de marcação.
Sem Iago, também não há muita profundidade pela esquerda, embora Uendel tenha aparecido por lá, não tem a mesma velocidade, e nem de perto o mesmo retorno à defesa.
No segundo tempo, o Inter foi outro, com vontade de ganhar o jogo, partindo para cima de um Vasco evidentemente retrancado.
A diferença das outras partidas é que o Vasco fez dois gol no primeiro tempo, e voltou com uma grande vantagem. Isso poderia ter ocorrido contra o CSA também, e, em menor grau, contra o Avaí, e contra o Santos, mas aconteceu contra o Vasco, por conta de uma postura inexplicável que vem se repetindo em todos os jogos do Inter, seja no Beira-Rio, seja fora.
E não havia Guerrero.
O Inter começou mal escalado, com Parede em vez de alguém com capacidade de criação, embora Nico tenha sido liberado para jogar o campo todo. E considero Sobis no comando do ataque um grave erro. Não muito diferente do que Sampaoli fez contra o Inter, tirando um atacante de referência, deixando os zagueiros sem preocupação, e tirando todas as bolas. Foi o que também aconteceu contra o Vasco, mas com zagueiros piores.
O time do Vasco é muito ruim, e ainda jogava sem nenhuma confiança, mas o Inter achou que iria enfrentar um time com posse de bola. A entrevista/justificativa do Odair para Parede é exatamente essa, esperar o Vasco com posse de bola, recuperar e apostar na velocidade do atacante, que seria o único, pois, para lhe passar a bola, Nico, e Sobis não acompanha a velocidade, então seria Parede contra o Vasco.
Na realidade, o que se viu foi uma postura absolutamente contraditória com a escalação, pois o Inter não esperava o Vasco subir, fazia marcação no campo de defesa do Vasco, até o chutão do goleiro ou zagueiro, é aí a defesa e o resto do time já estavam postados, até porque só um atacante procurava receber a bola.
Então porque Parede? Bem, se observarem bem, Parede fez marcação individual em Iago Pycachu. Isso mesmo, no grande lateral do vasco, representando toda covardia que Odair passa para o time.
Somado a isso, a malemolência do primeiro tempo quase resultou no gol de cabeça, na dormida do Emerson Santos. Pior que, um gol naquele momento, seria melhor do que no final do primeiro tempo. Ou seja, o Inter entra mole no primeiro tempo, tentando administrar o jogo sem se esforçar, esperando o segundo tempo. E o revés que muitas vezes foi comentado aqui, veio, e veio do lanterna.
No segundo tempo, embora a postura anímica tenha sido outra, foi mantida a covardia. Patrick no lugar de Edenilson soou quase como piada, trocando seis por meia dúzia, mesmo que Patrick tenha melhorado o time, mas mais por força do recuo do Vasco do que por avanço do Inter. Aliás, avançar com volantes dificilmente dá coisa boa.
Ainda assim, era jogo em metade do campo.
A covardia veio, novamente, com J. Alvez, um sujeito que deixará o Inter em poucos dias, e que muito pouco apresentou, senão um gol contra o Caxias.
Sarrafiore entrou tarde, como sempre, mas a saída de Nico é outro crime que Odair repete, desta vez não impunemente.
Só para termos uma medida da nossa covardia, o Flu, precisando de gol contra o Cruzeiro, na CB, jogou sem zagueiros, que foram substituídos por jogadores mais afeitos ao ataque. No Inter, Lindoso ficou o tempo todo, mesmo sendo Nonato que estava comandando o meio no segundo tempo.
Enfim, essa postura covarde, pouco ambiciosa, e absolutamente cheia de medos do Inter é que nos deixará por aí, pelo meio, no quase, no talvez, no quem sabe se. E o pior é que não há nada de novo nisso.

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