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Estamos no penúltimo dia do ano e reforços ainda não foram anunciados. Ainda que confirmados, Musto e Rodinei não se enquadram no meu conceito de reforços, mas de jogadores que vem formar um grupo.

Não desmereço ambos, pois fomos campeões mundiais com Rubens Cardoso e Ceará nas laterais, Edinho era o volante. Nosso tri veio com Chico Spina e já usaram nosso uniforme jogadores que nunca mais ganharam títulos como os que aqui venceram.

Só que a ideia de reforço não deve ser apenas um jogador para disputar posição, pois para isso temos a base. Minha ideia de reforço é o titular, aquele que chega e farda para jogar sem contestações, como, por exemplo, Guerrero.

Isso também não é garantia de sucesso, grandes nomes não fizeram nada em diversos times, e fizeram em outros, mas há uma diferença entre Musto e Enzo Pérez, por exemplo.

Acho, contudo, que volante era uma peça necessária no mar de lentidão de nosso meio, desde o famigerado William, tão rápido quanto péssimo passador. Nunca vi Musto jogar, e sua idade não impressiona, mas se foi pedido de Coudet, famoso por futebol de intensidade baseado no desarme, merece confiança, mesmo sem a categoria de reforço.

O mesmo não vale para Rondinei, que o corretor insiste em escrever Rondinelli. Voluntarioso, forte, e rápido, não oferece outras características técnicas que o elevem à condição de reforço, mas tão-somente de tentativa de solucionar o eterno problema da lateral direita.

Então  não temos nada ainda, nada para animar o ano novo, nada para nós fazer sonhar um pouco mais, além da novidade Coudet. Por vezes penso que é possível montar um time competitivo com jogadores que não conhecemos em campo, como Peglow, Netto, Johnny, Sarrafiore, Pedro Lucas, Nonato, Edenilson, Guerrero, mas fica no campo dos sonhos, que até podem virar realidade, muito embora pareça mais ter ganho na loteria.

No momento da guerra de informações de empresários, soam propostas de Giuliano, Lucas Pratto, Nacho Fernandez, mas nada ainda, independentemente de serem ou não bons nomes.

E isso significa atraso. Sim, a janela só abre dia 2 do próximo ano, poderemos ter saídas que signifiquem dinheiro, e dinheiro vire contratações de reforços, mas a demora significa, também, limitar opções, ver os outros contratarem aquele que cairia bem no time, ver as ofertas escassearem, sobrando o que poucos querem, ou a xepa.

Mas vamos combinar que reforços nunca foram o forte dessa diretoria, e lá se vão três anos sem nenhuma contratação importante em janeiro ou dezembro, se não me falha a memória, então estamos na média, lembrando também que Cuesta nunca foi badalado, mas é titular indiscutível desse time.

Do outro lado, vamos lembrar que a primeira competição importante nos anos anteriores não iniciou na primeira semana de fevereiro, e que faltam menos de dez dias para montar o time que deve estrear na Libertadores, o que faz ser muito justo quando o torcedor colorado procura reforços e diz, no final do dia, nada ainda.

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