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Antes de ir ao estádio, ontem, vi Atlético e Corinthians.

O Galo promoveu a titular o jogador título do post, no lugar de Elias. Custou 1,2 mi junto ao Bahia. Não pareceu craque, mas apareceu no jogo todo, inclusive com bola na trave em cruzamento que errou. Esse misto de volante/meia aparecia nas duas áreas, com bom passe e condução de bola, além de boas estatísticas no desarme.

O volantão é o Adílson, ex-grêmio, e o resto do meio e ataque é formado por Luan, Otero e Roger Guedes e Ricardo Oliveira . Foi o único jogo do Galo que vi esse ano.

Lembro de Luan como atacante no time do Cuca, mais pela direita. Ontem jogou mais recuado, compartilhando a saída de bola com o Gustavo. Não é o volantão que faz a saída de bola do Galo.

Onde quero chegar é a falta que esse jogador faz no Inter; um volante ou meia ou o que seja, que apareça no campo todo, concluindo, invadindo a área na mesma toada em que desarma, combate e defende.

De longe, Edenílson é só defesa, e meia boca, apesar de o time jogar bem quando ele joga bem, assim entendido “jogar bem” considerando os últimos três anos.

Contra os reservas do Cruzeiro, depois de um primeiro tempo em que parecia ambos ganharem por 2×0, tal o desinteresse em jogar dos times. A vaia não foi pela falta de qualidade, mas pela falta de vontade.

Um corte para uma cena emblemática: no intervalo, ambos os suplentes treinando, o Cruzeiro com dois times e todos se movimentando, o Inter, no bobinho, com apenas dois se movimentando, e o resto parado tocando a bola.

Não é uma crítica ao bobinho, mas um espelho do que é o time jogando, com no máximo dois se movimentando, e o resto parado tocando a bola.

A cada contra-ataque ou retomada do time, eram um ou dois correndo e o resto se esforçando muito para chegar na área.

Odair, novamente, mudou o jogo no intervalo, desta vez colocando um volante como volante, e liberando D’Ale pela esquerda, usando os mesmo jogadores. A diferença foi um time mais vibrante, com mais jogadas e mais próximo do gol. A lesão de Edenilson e um Cruzeiro que não atacava fez entrar Nico. Antes, Lucca fez o básico que se espera de um extrema neste esquema: partiu pra cima da defesa, chutou, driblou, quase cabeceou, enfim, tudo o que se espera de alguém que não é volante e jogue naquela posição.

Do outro lado, Nico construía jogadas com Fabiano e D’Ale.

No primeiro tempo, dois erros em cabeceios, um de Pottker e outro de Damião. Contra times retrancados do Mano, esses erros cobram caro. Pottker errou na melhor oportunidade construída, embora, até agora, não tenha entendido porque Fabiano foi o escolhido para chutar aquela bola recuada.

Pottker não é jogador para enfrentar retrancas e defesas postadas, pelo menos não aberto pela direita, e não entendo como Odair não vê isso. E sua contribuição defensiva tem sido constrangedora, só pior que seu domínio de bola.

Acho que temos material humano para um time melhor, acho que estamos exigindo coisas que algumas peças não sabem fazer, e o mais explícito disso é Patrick atacando, pois, no resto do mundo do futebol, volante que joga como volante não é proibido de concluir ou chegar na área adversária. Patrick pode ser volante, mas não pode jogar como extrema esquerda. Patrick era um dos melhores, se não o melhor, em estatísticas de desarme no ano passado; não acredito que esteja repetindo isso este ano.

Odair precisa ajustar o sistema defensivo. Tem muita gente para marcar e ninguém marcando. Várias as vezes em que nossos marcadores estavam depois da linha da bola, e o meio adversário em combate direto com nossos zagueiros.

Precisamos de jogadores com movimentação, e também não vejo como impossível Lucca jogar mais recuado, pois foi uma estreia muito promissora, principalmente no quesito deslocamentos.

Temos muito que melhorar, e já foi um terço do ano; esses atrasos são constantes, culpa de um planejamento ruim, de escolhas ruins, de insistências ruins.

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