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Eduardo Coudet fez uma reunião com comissões técnicas das categorias de base do Inter, e a notícia repercutiu na imprensa.
Impressionou alguns o conhecimento do treinador dos jogadores e modelos de jogo da base, e consta que referiu expressamente um jogo onde o time da copinha mudou o esquema, além de o treinador ter mencionado nomes específicos, dando a entender ser além daqueles que já subiram.
A reportagem da zh também mostra que essa interação e aproveitamento da base sempre foi uma característica do nosso treinador nos times que treinou na Argentina, citando jogadores como Cervi e Lo Celso.
Nos primeiros meses, Coudet já mostrou que tem atenção também focada na base, com a promoção dos zagueiros, quando a imprensa toda falava em contratar, no aproveitamento do Jonnhy, Praxedes e até mesmo Fuchs, A meu ver, falta ainda ver Netto em campo, de todos os nomes que estão à disposição a mais tempo, e acredito que Cesinha também será aproveitado logo.
A parte que não entendo é a reserva de Moisés, pois há garotada que poderia ser aproveitada no lugar de Uendel.
Entretanto, o que mais me chamou atenção foi a questão do modelo de jogo, da disposição tática do time.
Coudet disse que gosta de jogar no 4132, mas que não vai utilizar esse esquema em todos os jogos, mudando ao sabor do momento.
Até agora, vimos pouquíssimas, ou nenhuma, alteração no modelo de jogo que ele implementou. Ao contrário, vimos os times que entraram em campo jogarem da mesma forma, com diferentes jogadores, em diferentes momentos.
Compreensível na medida em que era um sistema novo, que precisa ser repetido até estar azeitado, mecânico, sistemático; com qualquer escalação, observadas, claro, as características individuais de cada jogador.
Mas Coudet também disse que a base precisa de variações no esquema tático, que não é suficiente jogar apenas de uma forma, e isso me animou.
Apesar de vermos apenas uma forma de jogar até o momento, fica claro que o treinador busca outras alternativas de disposição tática, provavelmente com opções também de outros jogadores, talvez os que ainda não vimos em campo, guardados para treinamento de outra forma de jogar.
Essa é uma reclamação antiga, pois nossos últimos treinadores conseguiam jogar apenas de uma forma, e, depois de Aguirre, acredito que todos jogavam da mesma forma, mesmo mudando o nome da casamata.
O time costumava jogar por uma bola e pouco sabia o que fazer com ela. Mesmo contra times bem mais fracos, na fatídica série cujo nome não se deve mais pronunciar, havia uma dificuldade com a bola, com a posse, com a organização de jogadas.
Mesmo treinadores que ficaram bastante tempo, como Odair, a variação não existia, e sempre relembro daquele jogo contra o Galo, em Minas, quando o time reserva jogou de forma totalmente diferente do titular e abriu 3 gols de vantagem, inclusive com Pottker em campo. Aquele modelo foi rapidamente abortado.
Por isso sigo depositando esperanças em Coudet, e aflito com a falta de futebol e perspectivas de retorno do futebol, animado apenas com as ideias de nosso treinador.

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