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Nada de novo no front. O Inter ressuscitou outro morto, desfalcado por si próprio, sem jogar nada, refém das mesmas ideias que nos deixam sem títulos desde a última Libertadores.

Não quero dizer que vaticinei, não quero tomar o lugar do Pai Jean, mas quando vi que Charles entraria, previ o desastre, que achava seria só o empate. Não por Charles, até gosto do guri, que sobrevive ao nosso moedor de jovens, à nossa profunda incapacidade de fazer a transição para o time de cima.

Mas pelo que Charles representa.

É volante, de contenção. Não é conhecido por virtudes de passe, chute, cabeceio, armação, só pelo desarme, e é reserva.

Ou seja, representa tudo o que “segurar resultado” significa, principalmente quando sai um jogador que era pra ser armador. E não se segura resultado contra um time na zona do rebaixamento. Não o Inter campeão.

Os erros são muitos, e desta vez, a conta é toda do Odair. Tem crédito, mas, já foi dito, precisa evoluir. Charles é erro, também, porque, se não me engano, nunca entrou. Alano entrou na pedreira do greNAL, e todos lembram de uma dividida sua. Não é craque, mas estava ambientado à necessidade de sangue na ponta da chuteira, pois não temos um time sem corda esticada.

O segundo erro no mesmo ato foi trocar no escanteio. Só Rossi entra pilhado, o resto tira a atenção do jogo pra ver quem sai. O desatento Pottker apenas confirmou isso. Aliás, cinco jogos sem conclusão a gol, mas segue no time.

Talvez o erro principal seja achar que fará gols sem atacar. Odair insiste nessa ideia de que é possível vencer jogos sem atacar, e fazer gols sem finalizar. Odair insistiu em Camilo, que jamais iniciou bem uma partida, e o mesmo vale para Rossi e a confusão criada no ataque, com a troca de posição entre os três, que não confundiu a marcação, mas a armação.

Impensável, sob qualquer aspecto, que D’Ale não começaria o jogo. Fosse aberto pela esquerda, fosse na vaga de Edenilson, D’Ale entra quando o time precisa poderio ofensivo ou ficar com a bola, e essas são as duas formas de ganhar o jogo, atacando e não deixando o outro ficar com a bola. Odair abdicou das duas.

Sim, D’Ale entrou e fizemos o gol, assim como levamos dois com ele em campo, mas D’Ale significa querer ganhar o jogo. Se não aguenta o jogo todo, que comece e jogue com o time todo descansado, e não o inverso. D’Ale não é titular nesse time, mas Pottker também não pode ser, e J. Alvez não encaixou, e Camilo não consegue iniciar um jogo.

Odair, depois de muito tempo, pela primeira vez, mostrou que não conhece bem o elenco, e escorregou no momento decisivo.

Claro que ainda temos chances matemáticas, mas perdemos pontos em jogos absolutamente importantes por serem fáceis, como América, Chapecoense e Sport, e em momentos decisivos, quando deveríamos ser o time a ser batido, passamos a ser um time batido.

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