Mauro Loch

“EU VOLTEI, AGORA PRA FICAR…”

4.8
(6)

80 anos do Rei e uma homenagem ao retorno de Taison, que, espero, repita as repatriações e Nilmar, Tinga e Sobis, este último na primeira, apenas.

A grande questão que se debate no momento, no Inter, é onde Taison vai jogar, considerando que ele avisou estar pronto, e, ao que parece, aquele lado esquerdo é nossa maior deficiência no ataque.

Pelo que li, Taison vinha jogando na Ucrânia como um homem do meio, não o extrema que vimos aqui no Inter, mas o jogador que monta as jogadas no time, posição hoje que é ocupada por Praxedes.

A outra opção é no lugar que hoje vem sendo ocupado por Patrick, sem grandes atuações e sem conseguir repetir o que jogou no ano passado e retrasado. Penso que Patrick não é um jogador de toques e passes, e sim um condutor de bola que tem alguns dribles no final do campo, daí a dificuldade em se adaptar ao esquema do Ramirez. Contudo, é certo que até o momento, salvo raras exceções de alguns minutos em alguns jogos, o Inter jogou contra adversários retrancados, com pouco espaço para condução da bola.

Particularmente, penso que Taison deveria começar testado como extrema, permitindo sequência para Praxedes, agora com companhia mais acostumada aos toques e movimentação. Sem Taison, já desenhava o time com Yuri naquela posição, com Guerrero, que, também parece, ainda precisa de mais tempo para voltar ao ideal. A movimentação de Galhardo, trocando de posição com Patrick no último jogo, sugere que Galhardo também pode fazer isso do outro lado.

Preciso considerar que Ramirez tem usado Palacios pela esquerda, até tentando, sem sucesso, inverter Patrick de lado. Nessa condição, mantido Palacios pela esquerda, não vejo Taison na direita.

Claro que temos de pensar em Ramirez trabalhando com o que tem, considerando que Boschilia deve se recuperar e brigar por vaga, outro que já estava mais acostumado a um futebol de toques e movimentação. A notícia boa é que Ramirez tem opções difíceis para montar um time propositivo no ataque.

O contraponto é a carência de peças no setor defensivo. Embora tenha gostado das apresentações de João Félix, penso que precisamos de um zagueiro esquerdo para disputar posição com Cuesta ou até mesmo jogar ao seu lado. Zé Gabriel e Lucas têm se mostrado irregulares e pouco impositivos, ainda que atendam ao requisito da tentativa de saída de bola por meio de passes e deslocamentos.

Creio que essa dificuldade também passa pela falta de um 5 de respeito (Patrick recebe essa numeração na Libertadores, para meu desespero).

Dourado, embora tenha desarme e tenha se apresentado com bom passe curto, a meu ver nunca apresentou a velocidade necessária, tanto na saída de bola como na recomposição defensiva. Com o time jogando mais avançado, da forma que vimos até o momento, nem Cuesta, nem os outros zagueiros têm velocidade, cabendo ou a Edenilson ou ao Heitor, o que desmonta um pouco o time.

Penso que essa posição é de muita importância, e a direção ou se movimenta silenciosamente, ou não tem sido efetiva nessa carência, considerando ainda que Jonnhy também não foi testado na função.

Enfim, creio que ainda temos muito a evoluir, até no desenho do time, mas, pelo menos, em alguns setores temos boas opções para quebrar a cabeça do treinador.

Não dá pra deixar de comentar a novidade da Super Liga criada na Europa por times da Inglaterra, Espanha e França, em um movimento meio estranho, embora eu esteja desinformado dos bastidores da UEFA. Não vejo com bons olhos a elitização fora do próprio país, talvez seja uma moeda de troca, mas também vejo pouco futuro sem a adesão dos alemães e franceses. Não é à toa que são mais times ingleses, cuja distribuição financeira é a mais igualitária,  e dos outros países apenas os times com maior torcida, e vejo os italianos intrusos, relegados à condição inferior, junto com o Athlético de Madrid.

Esse movimento não é bom para Inter e todos os outros clubes que não são Flamengo e Corinthians.

Não sou fã do Roberto, gosto de algumas de suas músicas, poucas, normalmente na voz de outros, como é “nas curvas da estrada de Santos”, com Paula Toller, mas é uma carreira em tanto.

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