2.4
(41)

Não jogaram os odiados Musto e Moisés, jogaram as soluções Maurício e Yuri Alberto, e mesmo assim perdemos para um Santos descaracterizado, fragilizado.

Edenilson saiu com lesão, e sem Patrick e Lindoso começando o jogo, o time entrou também descaracterizado. Abel disse que não mudaria muito da estrutura do que havia sido treinado,  mas mudou muito, abrindo Marcos Guilherme e Maurício, recuando um volante mais para perto de Dourado, e colocou Galhardo e Abel na área.

O primeiro tempo simplesmente foi uma das piores atuações do Inter em muitos anos, principalmente se considerarmos um Santos esfacelado.

Acho que há uma jogada do Maurício, cruzando na área e Abel cabeceando para fora. Sem esse lance, o Inter não produziu nada, individual ou coletivamente. Se Abel falava em dribles e saída mais rápida, nada disso aconteceu. Se falava em abrir o time pelos lados, usando os meias pra isso, também não aconteceu. Em alguns momentos, havia sobreposição nos lados do campo, mas ainda um time improdutivo.

No segundo tempo voltamos melhores, pelo menos com imposição, jogando mais no campo do adversário. Abel desperdiça uma boa chance, mas quem tem Rodinei não pode ficar impune. O lateral faz uma falta desnecessária, e, na cobrança, fica mal posicionado e a bola passa. Passa pelo zagueiro do Santos, por Galhardo e por Lomba.

Na pressão, desorganizada, o Inter buscava o empate, mas Rodinei, novamente, não consegue dominar uma bola rasteirinha, erra o cruzamento, e no rebote, enforca o companheiro.

Era uma tragédia anunciada e todas as mudanças do treinador simplesmente não surtiram nenhum efeito, contra um Santos desmantelado.

Abel não tem culpa, Abel foi Abel, não fez nada mais do que dele se poderia esperar, ainda mais com nada de treino, mas precisamos levar em conta que Abel mudou a estrutura do time, e realmente não sei o que ele esperava com essas mudanças. Depois, no desespero, repetiu quarta-feira e colocou mais atacantes, mesmo sem um saber onde jogaria o outro.

O problema é que a encruzilhada foi colocada e o rumo tomado não parece dos melhores. Bem ou mal, havia uma estrutura treinada, e o time conseguia se impor contra mais fracos. Nas derrotas contra Goiás e Fortaleza, houve imposição, e até no empate contra o Coritiba, com um a menos, o time estava organizado, mas tinha dificuldades de fazer gols. A mesma dificuldade que a seleção encontrou na sexta, mesmo com excepcionais jogadores.

Mas a mudança na estrutura promovida com a abertura dos meias e retenção dos laterais, jogando os passes mais para a linha central, com pouca profundidade, e menos gente na área, não poderia ter outro resultado que não um time com menos criação e finalização. O time não conseguiu empurrar o Santos e  abusou dos passes pelo meio, apesar dos meias mais abertos.

As ausências dos lesionados, exceto Gerrero, mostram que Caetano não tinha muita razão em suas declarações após o jogo contra o Coritiba, e que, apesar de achar dois bons jogadores, Maurício e Yuri Alberto não são soluções imediatas, e não há tempo para treinar um esquema diferente. Ainda que os jogadores o entendam, a mecânica fica prejudicada.

Caetano, aliás, parece ter assumido várias funções no clube e novamente o presidente se ausenta e se esconde nos momentos ruins, grande parte deles ocorridos por sua omissão em exercer a presidência.

Infelizmente, chamamos a swat novamente, com a missão de desfazer o que foi feito; embora com outros nomes, a prática é a mesma, pelo menos são poucos os pontos que precisamos desta vez.

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