4.3
(12)

O jogo de sábado pode ser comparado ao contra o Globo e ao contra o Vitória, pela Copa do Brasil, tamanha a desorganização tática do time.

Em teoria, Mano até acertou em tirar Renê e Alan Patrick, ambos com mais jogos na temporada, mas é pouco inteligente tirar os dois ao mesmo tempo, normalmente os que mais criam no time do Inter.

O fato é que o time todo foi mal, muito mal, do começo ao fim. E nem dá pra dizer que era o Atlético do outro lado, pois o Coudet montou um time muito ruim, fraco na defesa e lento no ataque, além de marcar muito mal.

O Inter vem enfrentando a sim mesmo desde o início do ano, e perdendo.

Nos 100 minutos naquele gramado horroroso, contei uma única jogada trabalhada pelo time, que começou com Tahuan Lara e terminou com chute mascado do Maurício. É a única jogada trabalhada do Inter em todo o jogo, que chegou na área com perigo de gol.

O restante foram bolas paradas, que geraram chutes, e uma recuperação de bola já na área do Galo.

Ou seja, o Inter produziu nada o tempo todo.

O placar é até ilusório, porque o Galo também foi muito mal, tendo um gol perdido em falha do Bustos e outro (ambos com Hyoran) em bola espirrada, e uma bela defesa do Keiller no meio do segundo tempo. Muito pouco para o time que conclui muito.

Não vi falha do Keiller no gol, mas é inacreditável que o anão do Vargas consiga cabecear no meio de dois zagueiros. E em bola cruzada da intermediária, sempre acho que o goleiro deve disputar, mas Keiller anda tão inseguro que não sai na bola aérea.

Bustos em má fase ainda é melhor que Igor Gomes, mas o argentino vem mal, principalmente no apoio, onde se destacou.

De boa surpresa, Rômulo, deu combatividade ao meio, mesmo desengonçado, buscava o enfrentamento. No início, ainda melhor, com De Pena e Matheus Dias pelo lados, mas depois ficou isolado novamente, correndo atrás dos que se posicionavam entre as duas linhas de marcação.

Tahuan Lara é lateral com vocação ofensiva, tem alguma dificuldade ainda para defender e cansou, mas é o jogador que mais tentou.

O empate não seria injusto, não pelo Inter, mas pelo Galo. Duas boas defesas do goleiro, em chutes da entrada da área, e um cabeceio na trave, poderiam ter dado o empate.

De qualquer forma, o resultado não apagaria a péssima atuação do time, desorganizado, sem nenhuma ligação do meio com o ataque. E o mais curioso é que foi o esquema que Mano usou ano passado, com Gabriel, Johnny, Renê e Alemão nas respectivas posições, então não dá pra dizer que o time não jogou junto.

É fato que Luiz Adriano acrescenta pouco ou quase nada em campo, mas o time não está jogando nada em nenhum setor, aí fica difícil particularizar em um ou outro jogador.

Semana passada, escrevi em um post do Pacheco, acho, ou do Vitor, que deveríamos separar  o que é jogador e o que é treinador, em termos de responsabilidade pela atuação. Isso porque criamos boas chances contra o Nacional, e depois contra o Athlético, mas sábado não criamos nada, não fizemos nada, senão um amontoado de jogadores que não conseguiam dominar a bola ou se apresentar para o passe. E, em sua maioria, eram os mesmos jogadores que fizeram 30 minutos excelentes contra o Nacional e Athlético. Sábado, nem dois minutos de futebol razoável.

Aí não é falar de plantel, jogadores, e muito menos de preparação física, já que, sábado, não houve demonstração de falta de preparo físico em nenhum momento, e isso que correram de forma atabalhoada durante os 100 minutos. O que faltou foi futebol em todos os seus fundamentos básicos, desde a organização em campo até a conclusão final para o gol.

O Inter que foi bem ano passado, com bons resultados, depois do Melgar, e com bom desempenho em vários jogos, foi totalmente desmantelado, destruído, e sobrou muito pouco. Não sei se a solução é trocar treinador, jogador, preparador físico ou o que for, mas nenhum diagnóstico possível passa por constatar que está muito, mas muito ruim.

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