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Não gosto de perder jogo, nem amistoso, nem beneficente, nem jogo que é bom perder. Derrotas ficam na memória e podem ter consequências além dos pontos perdidos.

Algumas derrotas, porém, tem efeito positivo, alertam, avisam que alguma coisa pode não estar bem ou pode ser melhorada. A derrota contra o Paraná apresenta algumas poucas lições, mas importantes, mesmo com dúvidas que serão apreendidas.

O grande medo antes do jogo, e já é ridículo o Inter ter medo do Paraná, era a defesa, já que Danilo e Ortiz seriam os titulares. E a defesa passou incólume, sem falhas, exceto Winck frouxo na marcação, mas com boa cobertura de um renascido Danilo. O Paraná pouco atacou, e só o fez pelo nosso lado direito. Danilo defendeu uns 3 ou 4 chutes, nada muito perigoso.

O gol veio de bola aérea, de escanteio obtido casualmente, e de uma falha individual na marcação por zona, do Charles, que é bem driblado pelo zagueiro. Mérito dele. Vi reclamações  que os outros não pularam, e não adiantaria, na marcação por zona, cada espaço é de um. Charles marcou o jogador. Não sou muito fã dessa marcação, mas é a mais utilizada no momento.

O alerta, contudo, não é da zaga, mas daí pra frente, onde um time confiável se impõe com mais força. A marcação foi pouco exigida, e apresentou uma falha mais grave quando um lateral só foi combatido por um zagueiro na linha da área, passeando pelo meio desde sua intermediária.

De resto, recomposição e boa recuperação da bola, e aí o problema do que fazer com ela. Edenilson tem sido nosso termômetro, e fez um primeiro tempo bem fraco. Faltou vontade também, mas havia muitos jogadores na zona morta, facilitando a marcação, e a solução encontrada foi levantar bolas pra área; já vimos isso.

No segundo tempo foi quase meia linha, com todos os riscos disso, e a solução seguiu sendo o levantamento de bolas. Até aí posso concordar, mesmo não gostando, mas levantar bolas pra Sasha e Nico não tem muito sentido, por melhor que seja a impulsão do Sasha.

E retomamos a sempre mencionada insuficiência do Guto, a falta de opções de jogadas e as mesmas soluções para problemas diferentes. Certo que Damião rebateu mais bolas que os zagueiros, mas isso é sua característica, sua limitação.

Certo que a velocidade de Nico  e sua capacidade de infiltração precisa de alguém que a acione, e não será Edenilson ou Charles, nem Camilo jogando aberto pelo outro lado, nem Dale à distância. Não adianta acumular Juan no meio se a função é jogar bolas pra área, era mais lógico o alto Joanderson tentar, mas onde anda Joanderson?

O alerta maior é que, mesmo jogando quase um campeonato inteiro contra times pequenos, ainda não aprendemos como ganhar de pequenos que se defendem bem; isso requer alternativas e um pouco mais de ousadia, requer ter menos medo de perder e mais vontade de ganhar. Precisaremos disso para 2018.

Curtas:

Que BAITA festa do Paraná, outra lição a ser compreendida e aplicada.

Copa sem Argentina?

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