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Ontem não consegui ingressar para fazer a postagem, mas vai hoje o texto de ontem.

Foi um jogo com dois tempos distintos novamente, até um pouco estranho pela forma como o Inter voltou no segundo tempo.

Do início, o Inter tem atuado assim, com mais intensidade nos primeiros vinte minutos, caindo um pouco o ritmo depois. Na primeira bola, gol anulado por impedimento do Moledo. Essa regra milimétrica perde sentido no futebol, valendo para os dois lados.

O Santos é um time com muitas individualidades acima da média, mas carece de conjunto, de forma de jogar. Vários jogadores possuem vantagem no 1×1, mas é um time que não infiltra, não cruza, não tem jogo coletivo, e essa foi a diferença. Esse mesmo time com um bom treinador, pode incomodar muito, e, na fase em que está, talvez alguns jogadores interessem para o Inter.

Falando em jogo coletivo, Maurício e Johnny são o exemplo disso. Já tinha referido em outro post que Maurício, Johnny e Bustos fazem o lado direito do Inter jogar melhor que qualquer outro formação. A sincronia dos avanços de Bustos e cobertura de Johnny é muito boa, e Maurício se movimenta bastante. Dali saiu o gol da vitória.

O gol veio quando o Inter dominava o jogo. O Santos não conseguia ser perigoso nem com o baixinho driblador. Não era um domínio avassalador, mas consciente. PH e Alemão eram preocupações constantes, os meias com os laterais faziam o jogo da troca de passes, com Gabriel na cobertura pelos dois lados. PH estocava pela esquerda, Alemão, bem marcado, incomodava pelo meio. Bustos, com Maurício, pela direita.

O segundo não veio em chute inacreditável de Bustos, em outra jogada bem tramada a  partir da troca de passes.

Mas o intervalo fez mal para o Inter. O Santos voltou igual, talvez com um pouco mais de coragem, já que tinha pouco a perder, e passou a dominar as ações do jogo, ainda na individualidade, ainda na tentativa de dribles por dentro. Na bola aérea, com Moledo e Vitão, o Inter foi soberano, e o Santos pouco chutou também.

Só que o Inter estava desconectado, se livrando da bola, muito recuado e sem escape. Isso que a marcação do Santos não era nenhum primor.

Mano corrigiu, talvez um pouco atrasado, com Alan Patrick e Liziero nos lugares de Maurício e Johnny. A Patrick permitiu uma posse de bola mais qualificada, um respiro e organização de jogadas, e o Inter foi fazendo o tempo passar.

Não consegui compreender o ingresso de Gustavo Maia, e entendo que PH sai do time por cansaço, pois segue sendo o mais agudo e perigoso. Alemão sai sempre esgotado, pois o que briga para recuperar a bola é bonito de ver.

Romero ainda segue no quase, mas mostra velocidade também.

Mano fez Edenílson entrar, sem necessidade, talvez para completar os 300 jogos, e já se posicionou mal, na frente, não como marcador que o momento exigia.

E perdemos Gabriel para uma lesão séria. Gabriel tem sido o sustentáculo do sistema defensivo com sua capacidade de desarme e movimentação. É a saída de bola do time, sempre se oferecendo para jogar no passe dos zagueiros. Se não é volante de seleção, encaixou muito bem no Inter, e não temos nada parecido no banco ou na base, em termos de movimentação, desarme e liderança. Sem dúvida, a pior notícia da tarde.

A vitória vai consolidando o Inter nas primeiras seis posições. Isso importa, já que o Palmeiras parece focado no Brasileiro.

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