Mauro Loch

ANSIEDADE e SUBSTITUIÇÕES

4.9
(10)

Creio que não há outro sentimento, no momento, que não seja ansiedade pelo retorno do futebol. Claro, não só do futebol, mas da vida que normalmente tínhamos, da qual ir aos estádios fazia parte interessante, quase importante.

Controlar a ansiedade, nestas situações, não é muito fácil. Eu, particularmente, gostaria muito de considerar a pandemia como uma gripe sem maiores resultados, e achar que os resultados bons até agora contabilizados pelo RS, em relação a outras localidades, permitiria um retorno aos campos e ao futebol competitivo.

Temo que a ansiedade turve um pouco o pensamento, por isso fico com a ideia de que só saberemos o que foi certo ou errado daqui a um certo tempo, mais no método de tentativa e erro do que qualquer outro.

Aproveitando o momento de parada e retorno, com ampla motivação para inovar, a FIFA permitiu a troca de cinco jogadores por jogo, desde que em três paradas. Esse modelo já vinha sendo testado em alguns campeonatos, e acredito que as duas últimas copinhas tenha adotado as cinco substituições.

Gosto da ideia, mesmo com a restrição de três paradas. O futebol tem sido cada vez mais físico, e as substituições em maior número poderão ajudar o lado técnico.

Outra vantagem é que cinco jogadores mudam totalmente a cara de um time. Várias vezes uma única substituição já alcança resultados de mudança de perfil, mas cinco é inegavelmente um número considerável, troca meio time, como se fala popularmente.

Sim, tirando o goleiro, é meio time, é um meio campo mais um ou dois, é uma defesa inteira.

O momento pedia mais substituições, até porque o retorno não será nas mesmas condições de retorno de pré temporada e serão, na maioria dos casos, mais de 60 dias de inatividade dos jogadores, período muito maior do que estão acostumados, mesmo descontando os jogadores que buscaram manter a forma física em casa.

Mas, independentemente disso, cinco substituições já estavam em estudo, e acredito que vão melhorar os jogos, e vão enaltecer treinadores que sabem mudar um jogo e fazer a leitura de seu time e do outro. Claro que o revés é o poderio financeiro, pois grandes bancos podem mudar um jogo, e grandes bancos costumam custar mais. Esse, porém, já era um problema com 11 e 14.

Confesso que gostaria de uma outra mudança além do número de substituições, que é a possibilidade de retorno do jogador substituído, contando como uma das 5 possíveis (pelo que vi, mas não vi muito, isso não é admitido). Não vejo muito problema de um jogador que tenha saído possa voltar ao campo. Tenho dúvidas sobre os ganhos dessa restrição.

Não vejo problema que um jogador seja substituído por cansaço, que descanse, e retorne em momento essencial. Ou substituir jogador que esteja muito nervoso, ou em momento que o árbitro parece muito nervoso, ou seja lá por que motivo. Há momentos de apagões de jogadores durante os jogos, mas que podem passar em alguns bons momentos no banco, e o jogador voltar a ser essencial.

Isso ocorre normalmente em quase todos os outros esportes, até no futsal. Esse aumento do número de substituições poderia se acompanhado da possibilidade do retorno do substituído. A ver.

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