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Mais um jogo muito ruim do Inter, e com os mesmos jogadores do ano passado, exceto Gabriel. Mano tem reiteradamente errado, e ainda não entendeu o que fez ano passado e o que faz esse ano.

Antes de ingressar na análise desse período, vou comentar sobre Matheus Dias e Luis Adriano, as novidades. Luis Adriano fez pouco, embora tenha entregado um gol para PH, que desperdiçou, não foi bem com a bola nos pés e na movimentação. Matheus Dias sentiu o peso da titularidade e errou demais, sobretudo na indecisão, com a bola nos pés. Vai precisar de mais preparação, pois tem qualidade, só não conseguiu se acalmar e entrar no jogo.

Além disso, a intensidade diminui muito, o time joga em marcha muito lenta, e não falo da troca de passes entre zagueiros, que já existia ano passado, mas a movimentação dos jogadores, que esperam a bola chegar em ver de procurar os espaços para receber. Esse ano, fizemos isso pouquíssima vezes, e a melhor amostragem foi nos primeiros tempos contra Caxias e Juventude. De resto, foi um time amorfo, sem emoção em campo, sem vibração.

Ano passado, por mais que os comentaristas renomados digam o contrário, Mano armou o time, no seu melhor momento, no 442. Básico, dois laterais, dois zagueiros, um trio na frente da área e um meia que flutuava, mais um atacante pelo lado e um centroavante para fazer o pivô.

O que impressionava no time era a movimentação. Gabriel dava suporte aos outros dois meias para que avançassem, e estes avançavam e recuavam. Nossa maior crítica ao Edenílson é que não fazia função na frente, e não exercia marcação atrás. Com sua “saída”, Johnny assumiu o lugar. Alan Patrick jogava pouco, sem condições físicas, Maurício jogava mais vezes.

No ataque, Alemão fazia o recebimento da primeira bola, distribuía e o Inter atacava em bloco. PH ou Wanderson eram os escapes de velocidade. Quando o Inter pressionava, o fazia com 4 ou 5 jogadores.

O que mudou?

Sem Gabriel, Mano optou por um 4231, alinhando dois volantes, e jogando com dois meias e dois atacantes. Era para o time atacar mais, mas não funcionou.

A questão é posicionamento e caraterística dos jogadores. O buraco que vemos no time, entre o ataque e o meio, reflete o posicionamento do time. O tripé de meias/volantes, com Gabriel, Johnny e De Pena, fazia o vai e vem muito melhor que o tripé de meias/atacantes faz agora. Johnny era bem sincronizado com Bustos; quando o lateral avançava, Johnny recuava, mas ainda no campo adversário, pois tinha Gabriel na cobertura. Do outro lado, o mesmo com De Pena, com mais campo, aparecendo na frente com a cobertura de Gabriel. Renê também aparecia na triangulação, que ora contava com Maurício, mas era mais frequente com o lateral e atacante, onde Alemão se juntava abrindo espaços.

O Inter atacava com mais jogadores, e os meias/volantes chegavam mais na área, com a cobertura sempre rápida de Gabriel. Pelo lado direito, Bustos recompunha com velocidade.

No esquema atual, nem De Pena nem Johnny tem um volante rápido para cobertura atrás deles. Normalmente, Johnny tem sido esse volante, ou Matheus Dias no último jogo. De Pena não tem a mesma cobertura e ainda tem o espaço limitado por Alan Patrick, que normalmente cai por aquele lado.

No lado direito, Maurício joga como meia, com poucas tarefas defensivas, e ali é o buraco do time sem a bola. Com Bustos tentando jogar, se aproxima de Maurício e chama Johnny, mas não há um volante atrás de Johnny e Bustos para a cobertura, só Vitão. Por isso vimos Maurício correndo para recompor quando o Caxias atacava pelo lado direito, e o Inter todo fora da posição.

Mano pode corrigir isso, fazendo com que Maurício tenha uma postura mais defensiva, de sair com a bola jogando, e não de esperar lá na frente, ou será um clone do Edenílson, só que mais eficiente no ataque. Mesmo PH pode jogar pela direita, desde que faça o movimento de marcação.

Então não é apenas pela falta de Gabriel, ou de um jogador com suas caraterísticas, e sim uma mudança no esquema de jogo e movimentação dos jogadores, que Mano não consegue acertar, e ficamos procurando um culpado dentro das quatro linhas.

Mano precisa acertar o posicionamento do Maurício, se quiser seguir jogando com esses jogadores, ou retomar o que deu certo ano passado, com Maurício ou Alan Patrick no banco.

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