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Bem, encerramos a série B, voltamos à elite. Não acredito no título, nem em duas vitórias finais. Já falei sobre o time do ano que vem, discussão que ficará relegada para depois da definição do treinador. E hoje há uma notícia que Marcinho, atualmente emprestado para o Brasil, será incorporado ao grupo principal no ano que vem.

Temos um sério problema com o retorno dos emprestados, alguns poucos com contrato encerrando, outros muitos com contratos mais longos e que dificilmente serão aproveitados, até porque não demonstraram capacidade de ser titulares em seus times no ano de 2017.

Também não falarei do treinador. Não acho que essa diretoria vai escutar torcida, acho que o ficha 1 é o Abel, assim como acho que ele vai para o Palmeiras, mas sequer são opiniões, são meros palpites.

Para desfocar um pouco dos recentes debates, vi o jogo dos aspirantes contra o Cruzeiro, 2×0 para o Inter, formado por alguns conhecidos como Jefferson( aquele da trilogia do blog), Bertotto, Joanderson e Ronald.

Li alguns comentários sobre a ruindade da base, mas não foi o que vi. São guris ainda, dou desconto para a ansiedade natural e a mania de tentar resolver tudo sozinho, mas vi algumas coisas bem positivas. Jefferson, por exemplo, jogou com naturalidade, desarmando, fazendo bons passes, conduzindo a bola e passando rápido. Nada demais, mas muito diferente do jogador omisso que foi nos 45 minutos entre os titulares.

Joanderson se movimentando bastante, chutando, passando, nunca entendi porque não seguiu com chances no time titular, onde Carlos foi agraciado com inúmeras chances, inúmeros impedimentos e poucos gols ou jogadas. Acho que valeria uma aposta nesse jogador.

Ronald segue sendo o mesmo driblador baixinho do torneio da Indonésia, é habilidoso, joga como atacante pela direita, rápido, mas achei que está muito cai-cai, tentando cavar faltas e pênaltis. Minha intolerância com esse tipo de jogador está no grau máximo. Mas foi um jogo só, com o campo severamente castigado pela chuva.

Bertotto também jogou, numa função diferente, mais como lateral esquerdo, depois falarei sobre o esquema, mas foi seguro e presente, diferente do moscão que atuou no time principal.

Contudo, minha surpresa foi Ramon, um canhoto que parece ser o motorzinho do time, jogando em todos os espaços do campo, conduzindo a bola, marcando, chegando na frente e se movimentando muito, buscando jogo e finalizando. Assisti um jogo só, mas o perfil desse jogador é exatamente o que vejo como necessário para o time principal, um jogador que se movimenta e tem habilidade, não tem medo de concluir a jogada e faz um bom trabalho na marcação. De todos, pareceu-me o que encerra as melhores características do time, independentemente de quem seja nosso treinador. Vou observar mais.

Outro ponto importante foi nosso esquema tático. Ricardo Cobalchini (acho que é assim) adotou um 343 bem interessante, com Bertotto fechando a defesa pelo lado esquerdo, como um lateral, quando atacado, mas não se projetando à frente, deixando isso para os atacantes e meias mais avançados. Ficamos com uma defesa forte e um meio compactado, sem prejuízo das ações ofensivas, com as variações de movimentação, eram duas linhas de 4 marcando, e, pela velocidade no ataque, eram 3 jogadores na frente, mais os homens do meio.

No meio do marasmo tático do futebol brasileiro, foi um alento. Reitero que é cedo para confirmações, mas sempre é bom cultivar pequenas esperanças.

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