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Foi um bom jogo em vários aspectos, embora o Inter tenha corrido poucos riscos efetivos, a vitória magra veio em boa hora.

O Botafogo, como era de se esperar, começou em cima do Inter, mas é um time que também depende muito de jogadas individuais. Quando o atacante pela esquerda levava a melhor sobre Renê, não sabia o que fazer com a bola.

O Inter soube segurar o ímpeto do adversário nos minutos iniciais, e até ensaiou contra-ataque, mas, com o correr do jogo, foi tomando conta do meio e das iniciativas, terminando o primeiro tempo em boa vantagem, mesmo sem marcar.

Wanderson, ainda sem ritmo, mostrou que é jogador de construir jogadas, enquanto PH é o cara da bola esticada e do 1×1. Wanderson levou vantagem sobre o marcador no 1×1 algumas vezes,  e achei que deveria ter sido fominha naquele passe para o Alemão, que, talvez, tivesse sido nossa melhor chance, depois da improvável e maravilhosa jogada do Alemão que deixou A Patrick um segundo atrasado para colocar nas redes.

Na defesa, Bustos e Renê, a dupla que ainda não perdeu, falhou individualmente, mas a defesa corrigiu. Moledo e Vitão foram soberanos na bola aérea, e Keiller teve sorte que a falha não deu em nada, e ainda saiu bem na bola aérea em momentos mais delicados do jogo.

Acho que Liziero, no único que jogou o tempo todo, foi melhor que Johnny como primeiro volante, posição em que Johnny mostra algum desconforto, principalmente quando precisa se movimentar pelo círculo central na saída de jogo.

Da mesma forma, Johnny entrega mais que Edenílson pelo lado direito, tanto em marcação como em opção para jogadas. No primeiro tempo, Edenílson errou tudo o que tentou, e tentou pouco. Há uma jogada em que Alemão faz jogo de corpo esperando o meia dentro da área, mas Ed não tem esse ímpeto.

O segundo tempo começou morno, mais brigado no meio, com as defesas bem postadas, e as mudanças começaram. Liziero deu mais movimentação pelo meio, e Romero no lugar de um combatente cansado foram boas trocas. Taison também entrou bem, depois de longo período sem acertar nada.

Aí, em jogada tramada, com oportunismo e velocidade, Romero marcou seu primeiro gol, depois de um chute mascado de Edenílson. Ainda poderia ter feito outro no passe de Taison. O Botafogo, indo em busca do empate, abriu um pouco o jogo, e o Inter poderia ter ampliado.

Achei que Maurício fez falta, é um jogador que faz o time ter mais opções, e A Patrick, apesar de muitos erros de passe, empresta qualidade na trama das jogadas e sabe cadenciar o jogo.

Mano ainda tentou David, que quase faz gol contra no contrapé do Keiller, e foi a jogada em que mais perigo levou. Definitivamente, não se acertou no Inter.

Mano emendou 11 partidas de invencibilidade, não é pouco no brasileiro competitivo, mas principalmente porque montou um time quase novo e soube encaixar as peças que recebeu. O Inter, hoje, tem uma maneira de jogar e variações, com jogadores diferentes para a mesma função, parece um time estável e confiável, como há muito tempo não tínhamos.

Os desfalques preocupam para o próximo jogo, já que o árbitro resolveu distribuir cartões no final do jogo sem a menor necessidade, mas os substitutos tem mantido o padrão de jogo do time.

Enfim, mesmo com críticas ao time, temos quatro derrotas em todo o campeonato, até o momento, creio que somos o melhor time do segundo turno e uma defesa eficiente; esses dados colocam as críticas em segundo plano.

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