Davi

Campanha e Desempenho

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O Inter fez o que se esperava contra uma equipe técnica fracamente e que não vencia a 9 jogos, e com a vitória garante o 1º lugar do grupo e consequentemente posição no pote 1 do sorteio para a definição da fase de mata-mata da competição continental.

No que pesa as inúmero chances de gol criadas (e perdidas), o gol acabou fruto de bola parada e marcada por um zagueiro, fator que reforça a ainda latente dificuldade de criar de maneira mais incisiva chances de gol claras quando atuamos de maneira mais propositiva (tivemos mais de 66% de posse de bola no jogo).

A campanha do Inter é praticamente avessa a críticas: 13 pontos em 5 jogos (a 2ª melhor até então); o mesmo não se pode dizer do desempenho.

Odair é refém do tripé com 3 volantes. Ponto. Não podemos negar que o homem é afeito as suas convicções, mas há uma linha tênue entre insistência e teimosia.

Mesmo contra um adversário fraco, ou em circunstâncias favoráveis, não escala o time com 2 armadores ou em qualquer outra formatação tática: o resultado é o isolamento de Guerrero, a queda de desempenho de Nico e uma transição defensiva lenta, morosa, que ilustra bem o porque o time tem dificuldade de criar ou quebrar as linhas adversárias contra sistemas defensivos bem postados.

Com o advento do sorteio em detrimento do ranqueamento pela classificação geral, potencialmente podemos ter um enfrentamento duríssimo já nas oitavas, seja um Grenal, River ou Athlético-PR.  A partir do mata-mata, qualquer erro pode ser fatal, e contra adversários mais qualificados é bem simples: ou melhora o desempenho (insuficiente para quem quer sonhar alto) ou vai sofrer: é visível que precisamos melhorar!

Sobre o jogo de ontem, gostei bastante do desempenho defensivo: Moledo foi o craque da partida (resolveu atrás e na frente)! Alguns podem contra-argumentar que o adversário era fraco, mas historicamente temos dificuldades em circunstâncias similares, haja visto o calor que levamos em alguns jogos do gauchão ou contra Chapecoenses da vida.

Ainda sobre a defesa, Zeca teve uma rara noite sem sustos pelo setor e Lomba foi quase um espectador, Iago não me agradou entretanto e aqui cabem duas considerações.

Em mais de uma ocasião o jovem lateral esquerdo se projetou quase a linha de fundo em lance de perigo mas pecou no cruzamento ou na sequência do lance (aliás, quando foi a última assistência dele?). É normal jogador jovem oscilar, mas não é de hoje a queda de desempenho e contribuição ofensiva, e cabe aqui trabalho (treinamento) para dar tranquilidade e mais precisão ao guri, que pode ser importante válvula de escape pelo setor.

Ademais, Dalessandro entrou bem e Patrick fez mais uma jornada de muita entrega, tendo sido o jogador colorado que mais concluiu a gol; as ressalvas ficam pela formatação tática que exige demasiado fisicamente dele quanto de Edenilson, e que tira nossos jogadores criativos (Sarrafiore e Nico) de perto do gol; enfim, o modelo (e o desempenho atrelado) não convencem.

Agora é a estreia e arrancada no Brasileirão, em sequência que já começa difícil: Chapecoense(f), Flamengo(c), Palmeiras(f), isto é, uma touca e os dois times que terminaram na nossa frente na última competição. Começar bem é fundamental, e se quiser brigar no topo novamente é necessário pontuar nos 3 jogos.

Na sequência, River fora de casa,  em jogo que não vale nada para a classificação do grupo mas que vale para a pontuação geral da fase de grupos, podendo fazer diferença nos mandos de campo nas fases subsequentes da Libertadores, pelo qual é uma oportunidade interessante para testar jovens como Nonato e Sarrafiore contra adversários cascudos e dar rodagem aos mesmos.

@Davi_Inter_BV

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