4.6
(11)

Quarta-feira eu estava assistindo o jogo do INTER. Não queria, pela razão, fazer isso, mas é como escovar os dentes, tomar banho ou beber água. Mais que um hábito parece que não está certo poder e não assistir.

A certa altura da partida eu me dei conta de que o jogo estava 3 x 3 no placar e eu sentado como se estivesse assistindo a um filme chato a espera dele acabar. Primeiro achei que o fato de ter um bar assistindo a partida 10 segundo a minha frente fosse o caso de ter tirado a emoção do jogo.

Mas acho que nem se eu estivesse um minuto atrasado seria mais tedioso do que as decisões do VAR. O assistente de vídeo virou o anticlímax do futebol (mais um).

Agora me vejo obrigado a concordar o comentarista aposentado e ex-árbitro Arnaldo Cezar Coelho, de que, de uma forma mais polida e técnica, ele aponta que o VAR, da forma como é utilizada, especialmente no Brasil, é uma furada. O que antes era roubo, agora virou assalto com prova de inocência. Alguns impedimentos que marcaram especificamente no caso do INTER são ridículos. Especificamente o caso do Mercado contra o Botafogo e o do Pedro Henrique contra o São Paulo são patéticos.

O cerne de todo o problema começa no fato de que não existe um padrão quanto a que momento deva ser congelado o lance. A partir disso vira um carnaval nas decisões. Passando pelas pavorosas linhas que são traçadas a bel prazer do operador. O mínimo que se esperaria é que houvessem marcações fixas no campo como referência e a partir delas fossem traçadas as linhas. Dessa forma, pelo menos, se houvesse erro seria igual para os dois lados do jogo. Qualquer um que já mexeu com fotos, filmagens ou desenho técnico sabe que dependendo da posição que se fixa a imagem o resultado é completamente diferente.

Além disso, quase todos os jogadores da série A usam o colete para coletar dados durante a partida. Nisso qual a dificuldade de se colocar um sensor a mais na chuteira e dois no colete para indicar a posição no momento do lançcamento. Agora, pelo amor de DEUS! Padronizem o momento que o lance é congelado! Em alguns momentos o lance é parado quando a bola já está saindo do pé do homem que arma o último passe (caso do impediomento do Edenilson no último jogo do Brasileirão 2020) e em outros casos congelam o lance quando esse mesmo passe está sendo armado. Ou seja, no mínimo amadorismo, pra não dizer que seja um indício de má fé.

Com isso tudo… Parabéns aos envolvidos! Colocaram uma pá de cal na emoção do futebol. No ritmo que andam as decisões, vai ser mais viável aos torcedores acompanharem filmes pornográficos do que jogos de futebol. Pois, no caso das obras da sétima arte mais apimentadas, pelo menos se sabe qual é a putaria que irá ser vista.

PS: No lance do Pedro Henrique o VAR analisar se foi falta ou não a disputa de bola do Heitor passado do ridículo, foi patético! Não faz parte das autorizações do árbitro de vídeo esse tipo de análise, se o juiz de campo validou é “siga la pelota” e fim de papo! O VAR só pode analisar 4 coisas: Gol (se a bola entrou ou não), Penalti (se houve ou não falta), Expulsão de jogador de campo (identificar ou desqualificar agressão) e, por fim, Impedimento (se o jogador que marcou o gol estava ou não estava em posição regular) e ACABOU! Mas do jeito que vai, muito em breve estarão revisando o descobrimento da terra de Vera Cruz e se devem ou não devolver o agora país Brasil aos Índios.

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