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D’Ale e seu espetacular gol de falta na “Final” do Gauchão 2018

 

As vezes eu fico imaginando o que aconteceria se o Barcelona ou o Real Madrid sofressem para ganhar de um time que figura, via de regra, no meio da tabela da segunda divisão do campeonato espanhol… Como seria o tratamento? Qual a chamada de capa dos jornais espanhóis?

Porque, honestamente, nas condições financeiras atuais, é vergonhoso se Inter ou grêmio não for, um dos dois, campeão do campeonato Gaúcho. É vergonhoso até comparar com o campeonato espanhol pois, primeiro, lá tem mais alternância de campeões e, segundo, nenhum time da La Liga tem de fechar um semestre inteiro por falta de recursos ou inexistência de campeonato para disputar.

O campeonato regional, como está formatado, não é uma disputa é, sim, uma festa de coroação – quer seja vermelha, quer seja azul: coroação dos iludidos. É uma festa para que as crianças mimandas que são dirigentes/jogadores da dupla grenal possam brincar de serem grandes. Serve para colocar alguma ilusão na mente de alguns incautos e por dinheiro nos cofres da confederação que organiza e dos órgãos de imprensa que o transmitem. Salvo anos de exceção, esse é o único campeonato que a dupla grenal demonstra supremacia – quando falta técnica sobram minutos ou, se necessário, cartões mudam a configuração dos times em campo. No final, os pequenos ou perdem ou são garfeados.

Sendo bem honesto e franco: não tem como competir. Se um time do interior não for uma equipe de exceção (mas MUITA exceção) não tem como superar o degrau financeiro, ou melhor, o abismo proporciondo pelo poder econômico. Diversas vezes eu sentenciei: os campeonatos estaduais como são formatados hoje deveriam ser extintos. Criar um modelo nacional e regionalizado que dê sustentabilidade financeira as equipes menores e porporcionem espetáculos esportivos de melhor nível técnico… Mas, isso é menos provável de acontecer do que um Armagedon ou a Playboy Manson ser a nova sede oficial do BV com sucursal em Bora Bora.

Isso que sugiro a anos é ideia inspirada no norte, América do Norte. Pois, se olharmos para os esportes de massa nos Estados Unidos, o grande centro e referência quando se fala em esporte profissional, pode-se ver que TODAS as equipes (seja Basebol, hóquei, Basquete, Futebol, Soccer, qualquer outro…) representam a comunidade onde estão sediadas. TODAS as equipes levam a campo, quadra ou pista o nome da cidade que os abriga: New York Yankees, Chicago Bulls, Boston Celtics, New York Jets, Los Angeles Galaxy, New England Patriots, New York Rangers… (só pra citar meus favoritos). Enquanto isso, no Brasil e no Rio Grande do Sul, o que os campeonatos atuais fazem com as nossas comunidades locais? Nada? Pior do que isso: exploram e defecam por cima!

Campeonato de verdade? Apenas em sonho! Se iludam com o que a casa oferece, pois, o cálculo é simples: máximo lucro, poder concentrado… risco zero.

 

 

 

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