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Segunda chance… Quem valoriza?

 

Salve pessoal! Andei uns dias sem postar por vários motivos: férias, meu aniversário (7 de maio), dias das mães, viagem, garotas de biquíni, dentre outros…

De algum lugar da América do Sul, nessa terra da sagrada ordem de Melquesedeque, me permitia misturar pensamentos profundos com ideias mundanas.

Plata o Plomo tour #MeGusta #PlayaDelPatrón

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Como, por exemplo, a imagem acima do Senna saindo ileso do carro acidentado que apareceu em minha tela vinda de algum lugar do mundo.

E se o fatal acidente na curva Tamburello tivesse sido apenas mais um incidente sem lesões graves ou óbito? Daríamos mais valor a vida que teria continuidade ou resmungaríamos por uma derrota somada ao “cartel” do Ayrton Senna?

Sem a menor sombra de dúvidas e sem paralelo Ayrton Senna foi o maior herói que tive. Mais significante que os números e os feitos, me fascinava a obstinação em vencer mesmo que isso significasse vencer a lógica com talento, fé e força de vontade. Mesmo assim eu estaria com meus 13 para 14 anos esbravejando por mais um lance de azar se aquela não fosse a última curva não completada em sua vida…

– Eles vão atingir os 330 km por hoOOORA… SENNA BATEU FORTE!

É a frase dita pelo Galvão Bueno no exato momento do acidente que segue viva em minha memória como se fosse agora. O resto são borrões. Como as tentativas de reanimação ainda na pista, o helicóptero levando seu corpo ferido, o anuncio oficial da morte, os ritos fúnebres, os dias saindo de casa com uma faixa negra no braço esquerdo…

Segunda chance. Passamos os dias tratando o que acontece de desagradável como erros que poderíamos facilmente ser corrigidos. Mas será que agimos verdadeiramente de forma correta para termos desfechos adequados ou nos comportamos como treinadores de futebol medíocres que colocam a culpa do que não deu certo no acaso e ao invés de imputar nossas fraquezas?

Com todo o devido respeito a equipe como nome de instrução alfabética, não pode um time que custa vários milhões de reais mensalmente jogar de igual para igual com um time de menor poder econômico. Não era nenhum Ayrton Senna com a Tolleman num dia de chuva em Mônaco.

O problema é que nos acostumamos com a mediocridade. No Brasil precisa ser entendido que a diferença do “grande” para o “pequeno” não é apenas o quanto os jogadores recebem por mês, a grandeza tem de ser qualitativa. Enquanto estivermos aceitando que atuações consistentes de atletas profissionais bem alimentados, bem pagos e bem tratados seja exceção (e não a regra) nunca retomaremos a grandeza do clube. Se não chamarmos os envolvidos para a sua responsabilidade e o time sair dessa vergonha de sofrer para vencer qualquer adversário vamos ter de nos conformar que, pelo menos, na série B os jogos são aos sábados e podem ser narrados pelo Silvio Luiz. Não queremos heróis, não precisamos de novos heróis. Apenas o que exigimos é que o elenco justifique o quanto custa.

FernanDeus orai por nós!

 

PS: #RIP Chris Cornell

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