O que importa de verdade
Derrota dolorida no Grenal, não? Semana passada eu falei que esperava que vencêssemos. Pois que o jogo foi como normalmente se apresenta o clássico, horroroso. Poucas chances de gol, times hesitantes. O Internacional teve a bola e não fez nada com ela, muito parecido com os Grenais onde o Chacho estava na casamata ano passado. O Renato sabe que estamos num momento ruim e se aproveita disso. É a tática “dá corda para se enforcar sozinho”. O jogo foi como normalmente se apresenta o clássico, exceto pelo resultado, que fugiu do empate. Perdemos. É isso que dói. O Grenal bosta eu estou acostumado. Mas perder do jeito idiota que foi, dói, e indigna. No entanto, o intuito da minha coluna hoje é protestar o tom exagerado da reclamação de algumas alas. Os conservadores, obviamente, não gostam do que está acontecendo no Internacional. As coisas estão mudando, a direção nova não é amiga de ninguém, são pessoas diferentes, e não estão dispostas a pagar pedágio para colunistas e empresários bem alojados dentro da estrutura do clube. Basta ver a denúncia do Jorge Macedo, empresário que resolveu só hoje cobrar dívidas de pelo menos cinco anos anteriores. Ou seja, o cara que atendia o telefone parou de fazê-lo, e a fonte agora secou. Pois que é lógico que estes mesmos caras, os jornalistas sem exclusiva, os amigos da escalação vazada, negociações tratadas, também vão ficar de fora, e não estão contentes. O que isso significa? Que o trabalho nem começou e a paciência já acabou. O colorado que entra nesta pilha, logicamente, já está depressivo, doido pra que volte o Abel, e que o time tenha um “onze titular”, um esquema de jogo simples. Alguns chegam a dizer “se fosse o MAR no mundial, o Índio teria recuado pro Clemer e não dado balão pro meio campo”. Meu amigo, se em 2006 tivéssemos essa paciência de hoje, o Abel teria sido demitido ao perder o gauchão. Não se compara banana com laranja, não se deve entrar no mérito da hipótese. Isso é análise de buteco. O que eu sei: o Inter vai jogar um jogo a cada quatro dias nos próximos dois meses. O calendário é cada dia mais absurdo. O futebol brasileiro não tem futuro neste sentido. Não vai ter o onze titular todos os jogos, nem que o técnico...
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