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Aleatoriamente, vi ontem em uma rede social uma manifestação de um dirigente do nosso maior rival, incrédulo com a volta do futebol brasileiro e sul-americano ainda em 2020, a talvez exceção do campeonato gaúcho. Acaso, seja um mero desalento de quem vivencia o dia a dia de um clube de futebol e já está desiludido com o marasmo dos mais de oitenta dias últimos. Ora, convenhamos, a nossa vida como um todo – ao menos para a grande maioria, não difere muito disto. Pode deter, quem sabe, alguma informação que ainda não vazou, o que acho mais difícil em tempos como os nossos, onde ninguém mais guarda segredo. Depois, a Conmebol teria se manifestado alertando a volta da Libertadores para setembro, enfim.

Na mesma rede social, ainda li uma manifestação acerca da prorrogação da decisão que seria tomada esta semana pela prefeitura de Porto Alegre acerca da permissão de treinos coletivos. Nela, um comentário foi bastante pertinente: ora, se as pessoas podem se aglomerar em shopping, ônibus lotado, trem, supermercados, porque os jogadores de futebol não podem fazer treino coletivo? É justamente uma questão a ser levada em consideração.

Não quero entrar no mérito da pandemia, eis que cada um tem sua opinião sobre o tema. Mas é bem verdade, e parece que isso não tem mais volta, que o Brasil decidiu levar a coisa na base do “seja o que Deus quiser” e não acho que agora se irá voltar atrás. Também, a cada nova semana o pico da tal doença é empurrado mais para frente, de modo que nem o mais preparado financeiramente consegue levar a vida em banho Maria mais por muito tempo. Eu tinha uma reserva até o final do mês passado e ela se foi como previsto. Agora, será um Deus nos acuda, a verdade é essa, pura e simples. Noutra banda, talvez o RS tenha parado cedo demais, já que historicamente doenças respiratórias por aqui, em grau de bastante elevação, chegam junto com o inverno; ou seja, agora. Não sei, pois. Tratar do tema tem sido espinhoso, já que as pessoas levam para o campo das suas predileções políticas, fogem da razão, se manifestam com o estômago ou sei lá o quê.

Só que o assunto aqui é futebol e a coisa sem ele vai mal para o Sport Club Internacional. Especula-se que já não ia bem com os jogadores em campo, o que tende a virar uma hecatombe a cada dia de manutenção de parada que segue. Falo, obviamente, da questão financeira do clube. Ontem mesmo surgiu uma matéria que sugere uma dívida de meio bilhão de reais, informação que não foi confrontada com pessoas da atual diretoria, mas que insinua irresponsabilidade clara do presidente Marcelo Medeiros. Não vou adentrar no mérito do tema, hoje, em meio a um final de semana.

Só que a volta do futebol é fundamental, penso eu.

E, convenhamos, quem aqui já não está pensando que tem que voltar mesmo e “seja o que Deus quiser”? Que atire a primeira pedra, pois imagino que tomarei algumas mesmo.

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