3.2
(34)

De regra, quando há jornada no dia anterior a minha postagem, costumo começar a escrever logo após o jogo, sim, de cabeça quente, para a emoção fazer parte do que escrevo, afinal, futebol é paixão. E o Internacional é a paixão louca que perturba a nossa cabeça. Desta vez, todavia, já vos escrevo na quinta-feira, tendo em vista que, ontem, após a jornada, não tinha convicção de como abordar a vitória. É preciso registrar, todavia, que vencer é sempre o mais importante, do jeito que for, em que pese que a de ontem tenha me deixado um tanto quanto ressabiado.

O primeiro tempo foi um passeio. Fizemos três gols ao natural, sendo o primeiro após uma belíssima jogada de flanco do lateral Uendel (sim, aconteceu mesmo) que cruzou e o uruguaio da seleção celeste, o único por estes pagos, fez seu primeiro gol com a camisa alvi-rubra. Tenho fé no Abelito, admito. Tomamos um gol por um falha individual de Zé Gabriel que esteve em uma péssima jornada. Nem mesmo o fato de ter jogado na quarta zaga embora o pé direito justifica aqueles passes em profundidade sem qualquer sentido ou armando jogadas para o adversário, caso do primeiro gol.

O problema todo foi a volta do segundo tempo. A vantagem de dois gols logo se esvaiu quando tomamos um gol besta, onde quem deveria marcar não estava na bola e o Galhardo que ali estava, se muito, fez golpe de vista. Dali em diante o time entrou mais uma vez em “parafuso emocional”, de maneira que o empate estava sendo visto por todos e de fato aconteceu. Por pouco não sei se não tomávamos a virada. O time ficou no vestiário, a definição que dei enquanto assistia aquilo já tomado por um desalento. O terceiro gol foi de uma falha coletiva da defesa, é bem verdade, mas falarei de algo que a mim tem sido uma definição constante: Marcelo Lomba já não mais merece ser titular da meta Colorada. Tem falhado sucessivamente, sendo que para mim o único que talvez possa dar desconto seja o segundo gol. Mas não tenho tanta convicção assim, também. Se temos no banco Danilo Fernandes que chegou aqui como titular e ainda se fala maravilhas de Daniel, que já beira os 25 anos, o certo é que a posição de goleiro do Inter não pode ter um dono só.

No mais, quanto as atuações, não gostei da defesa como um todo, e faço um aparte na questão Uendel que, com aperto no coração, admito que nos serve mais que Moisés. No meio, Lindoso ganhou a braçadeira e teve uma atuação regular, assim como Nonato que melhorou em relação a ele mesmo, mas segue entrando mole nas jogadas e insistindo em passes sem futuro. Quanto a Patrick, tava mais para balaca e pouco jogou; Galhardo não teve em sua melhor noite mas taticamente foi útil. O melhor do Inter em campo foi Gabriel Boschilia, na leitura deste que vos escreve. Do Abelito já falei, de Lea Fernandes acho que falta ritmo de jogo e Johnny entrou para estancar a sangria do lado esquerdo da nossa defesa. Conseguiu. Já D’Alessandro mostrou sua importância em jogos como esse.

Enfim, no final ganhamos um jogo que já estava parecendo com cara de empate vexatório. Feliz pela vitória. Ciente de que jogos assim em libertadores vão forjando um caráter de time campeão. Mais preciso dizer que encerro por aqui com um elevado grau de ceticismo quando ao time.

Nossa Senhora do Gol Cagado, rogai por nós!

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