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Quisera o destino que o Sport Club Internacional assumisse as rédeas do Campeonato Brasileiro no mês de setembro, que para nós gaúchos tem um simbologismo  de peleia, garra e orgulho pela história do Rio Grande do Sul. Mas não basta para ser campeão, ser forte, aguerrido e bravo.  Time que não tem virtude, acaba derrotado. Aqui, com a licença poética do nosso hino riograndense.

Virtude.

Eis uma característica do time do Inter. Não possuímos o futebol mais vistoso do campeonato e isso vimos no jogo de ontem. Mas contra o Flamengo, afinal, era preciso vencer de qualquer jeito para afastar a tese que vinha sendo construída de que não conseguíamos vencer nenhum dos adversários da ponta de cima do campeonato. E dentro dessa realidade é claro que o resultado vitória importava bem mais do que a qualidade do futebol apresentado. Um time virtuoso, inclusive, supera a pouca inspiração técnica e vence mesmo assim.

Mas a virtude do time do Inter vai muito além de saber sofrer o gol (golaço, convenhamos) e dois minutos depois, no primeiro lance de ataque, voltar à dianteira do placar com outro belo gol, uma cabeçada fulminante de Rodrigo Dourado. Aliás, serei honesto, se realmente há justiça no futebol esta se mostrara ontem ao premiar com um gol aquele que foi um gigante na partida. E o que vem jogando ao longo deste campeonato é uma barbaridade!

É também saber que o foco é o principal combustível nesse momento. Ainda temos muitas finais pela frente e somente encarando assim, jogo a jogo como os jogadores tem dito nas entrevistas, é que conseguiremos não mais perder a condição que determos hoje. E em chegando assim na última rodada (ou quem sabe até mesmo antes) o certo é que ninguém conseguirá nos tirar o título que, sim, torcida Colorada, é muito possível.

Ao longo da história do campeonato de pontos corridos os premiados com o título sempre conquistaram a taça pois valorizaram cada rodada como se última fosse. Como se fosse a final. Talvez, exceção seja  o ano passado, quando o campeão a bem da verdade jogou apenas um turno.

Acima de tudo, todavia, é preciso lembrar a cada nova disputa de bola que há 39 anos não sabemos o que é levantar um caneco de brasileiro. E os jogadores têm de deter a virtude de reconhecer que eles não jogam apenas por eles, mas sim por toda uma nação alvirubra e uma história que merece ganhar novas páginas de glória. Porque é o Sport Club Internacional a glória do desporto nacional e o peso de tudo isso deve ser carregado na ponta da chuteira e tem que estar lá a cada gol que viemos a marcar. E aqui faço uma ponderação: precisamos transformar o gol em algo mais fácil. Futebol é bola na rede.

E seguindo na licença poética, que “mostremos valor, constância, nesta ímpia e injusta guerra. Sirvam nossas façanhas, de modelo a toda terra”!

Sim, esta façanha é possível. Sigam o Colorado de modelo a toda terra.

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