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Muitos dizem que o Capitão é o treinador dentro de campo. Não sei se acredito tão somente nesse conceito. Inegável é, todavia, que cabe ao Capitão do time tomar a frente e liderar seus súditos, que nesse caso são mais companheiros que comandados. Na história recente, dois capitães envergaram a braçadeira Colorada com maior galhardia: Fernandão e D’Alessandro.

O primeiro detinha esta característica de treinador dentro de campo. Além do mais, Fernandão possuía um nível intelectual deveras elevado, de modo que isso facilitava e muito sua imposição de liderança dentro de campo. Jogadores como Fernandão sempre foram raros no futebol brasileiro, onde na maioria das vezes, o Capitão restava alçado ou pela qualidade técnica superior ou pela personalidade.

E nesses quesitos, podemos falar de D’Alessandro. Não recebeu a braçadeira de forma automática, quando chegou, embora com o status de melhor do time, e talvez tenha se tornado Capitão, inicialmente, para diminuir as peleias que arranjava quase todo o jogo. De personalidade forte, de fato, não se ouviu falar em divergência enquanto sua posição de líder dentro de campo, enquanto lá esteve na condição de titular. Mas D’Alessandro já não é mais titular e possivelmente não voltará a ser tão cedo. O segundo na linha sucessória hoje é o Capitão titular, digamos assim. Rodrigo Dourado.

Eu vos confesso que nunca entendi Rodrigo Dourado de capitão até o último jogo. Na minha visão, Dourado era um jogador talhado a ser depressivo, resignado em campo, ilustrado naquele greNal em que foi expulso depois de tomar dois socos daquele ‘marginal’ e não revidou. Apanhou e saiu quietinho…

Mas a braçadeira fez bem ao Rodrigo Dourado. Hoje é o comandante da defesa Colorada e o principal expoente da transição implantada pelo treinador. Ainda faltava, contudo, demonstrar que detinha estofo para liderar o time. E o fez! Depois daquela fiasqueira protagonizada pelo capitão do adversário de domingo, Dourado deu uma resposta à altura de seu posto dentro de campo:

“O Maicon jogou hoje ? Não vi em campo. Esses caras primeiro têm que jogar para falar gracinha. Eu hoje não estava 100%, não sabia se ia jogar, mas tomei duas injeções para jogar. Eu não fujo do Gre-Nal. Está aí, ganhamos o jogo”.

Dois dias depois, repito, dois dias depois, vem o cidadão referido na fala de Dourado querer cantar de galo. Mais um episódio lamentável na história do time adversário que, não aprendeu nada com 15 anos de erva daninha crescendo no seu quintal. Queriam o que, pedido de desculpas por termos ganho? Torcida Colorada chorando e lamentando ao final do jogo? A soberba é f…

Mas quem é Rodrigo Dourado? É a campanha que os infantis tão querendo difundir com medo do tetra Colorado. Mas não passarão. Cresçam, primeiramente, depois marquem um entrevista coletiva para contar como foi o processo.

Vou responder, contudo, para dar uma força: Rodrigo Dourado é Capitão do Sport Club Internacional, um dos maiores clubes do mundo. Isso aos 24 anos de idade. É titular desde os 21 anos, semifinalista de libertadores, Campeão Gaúcho e jogador de Seleção Brasileira. Tem uma medalha de ouro olímpico no seu peito. E não é jogador de um só time, não teve de passar dos 30 pra finalmente ter algum reconhecimento e certamente não será corrido de nenhum clube por onde passar.

Mas o principal: é um cara que sabe o que quer. É o Capitão ideal do time. É um Capitão com a envergadura necessária para levantar a taça de campeão ao seu ponto mais alto. E ele haverá de estar lá nesse momento. Liderando a festa de todos nós.

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