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Saímos vivos do primeiro jogo da Copa Libertadores e conseguimos uma vitória inédita fora de casa na estréia, falo-lhes de algo que não me lembro de ter ocorrido após 2010, ao menos. Quero pensar que os problemas que vimos hoje são fruto da tensão da estréia, embora isso seja muito mais otimismo do que propriamente algo próximo à realidade, confesso.

Mas, temos que ver por outro lado, também: isto é libertadores!

Jogamos o mesmo pouco futebol dos últimos meses. Mas vencemos. Ainda quero acreditar que ganhar jogando mais ou menos é melhor que uma derrota para um time tecnicamente fraco. Ganhamos com um gol de falta, o que há muito não acontecia. A mas o goleiro contribuiu? Sim. Mas sem tentar não tem como saber se o goleiro é ou não frangueiro. Além do mais, alguns jogadores tiveram atuações interessantes, inclusive, William Pottker. Patrick pode ser uma boa opção no banco e Rodrigo Lindoso, hoje ao menos, não comprometeu. Nossa zaga, apesar de algumas chances do adversário e da grande atuação de Marcelo Lomba, jogou seu melhor jogo de 2019, penso.

Sinal de que as coisas vão se arrumar daqui para frente? Nem tanto. Ainda temos muitos ‘poréns’.

Nosso treinador tem uma teimosia latente que faz cansar a beleza de qualquer torcedor. O time do primeiro tempo não teve qualquer jogada de meio campo ou mesmo algo próximo à armação. O esquema com três volantes, a meu ver, gastou toda a munição que tinha e, afora alguma situação específica de jogo, não pode mais ser visto como solução. Principalmente, num jogo em que o adversário, nitidamente, parecia ter medo do que representava o Internacional.

Ademais, falta coragem ao treinador que, hoje mais uma vez, fez uma leitura simplória do que se via em campo e parecia estar satisfeito com um empate amigo, contudo, sem vergonha. Optou-se por um futebol reativo. Está certo que na maioria das vezes o Inter joga assim, só que o Palestino mostrou, após os 20 minutos do primeiro tempo, que o que ele tinha para apresentar de futebol terminara ali. Então, porque não tomar conta do jogo? Custava ajeitar o meio campo que nos faltou durante toda a partida?

Enfim, pernicioso pensar em questões do gênero a julgar que o trabalho é o mesmo há 15 meses.

Dito isso, chega de lamentação. Vencemos e temos o direito de ir dormir felizes. Não é uma questão de enganarmos a si próprios; entretanto, não há como ser campeão sem tentar acreditar um pouco.

Eu não sei o que vai acontecer ali na frente. Mas, sei, que vencemos fora de casa, com um gol de falta feito por um prata da casa e vi, apesar de tudo, um time que ao final da partida efetivamente quis aquele resultado. Querer nem sempre é poder, sei, todavia hoje foi.

Quem disse que seria fácil? Quem disse que será fácil?

Isto é Libertadores, mi hermano. Isto é Libertadores!

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