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Uma pesquisa básica num dicionário revela que renovar significa: fazer ficar ou ficar outra vez como novo; alterar(-se) para melhor; substituir por mais novo”. Tal apontamento se mostra pertinente a medida que o Sport Club Internacional anunciou nesta semana o começo daquilo que deve ser uma série de renovações de contrato daqueles atletas (ou quase) que teriam seus vínculos encerrados ao término deste ano; diria temporada, mas já não se sabe se a temporada mesmo terminará em 2020. O assunto, aliás, é de conhecimento de todos porque, inclusive, já fora ventilado neste expoente da democracia Colorada. Mas julgo pertinente ainda abordar.

Argumentos contrários ou favoráveis têm aos montes. Entendo que as renovações detém um contexto de (re)mobilização do grupo e há quem diga que, inclusive, fez parte do acordo de redução de salários. Veja-se que renovar com Rodrigo Lindoso pelo que ele já apresentou até aqui é justificável, afinal, mostrou-se um jogador útil; o mesmo bale para Thiago Galhardo que, particularmente, tem uma característica que me agrada, um meia que sabe e gosta de fazer gol, que joga olhando para frente e que parece ser um bom reserva, pelo menos. Embora ainda não anunciada, a renovação de Rodrigo Dourado também me parece pertinente, afinal, era o capitão quando se pisou e até hoje, é bem verdade, não sabemos ao certo o que aconteceu em suas duas cirurgias. Mas aí vem as renovações polêmicas: D’Alessandro e Uendel. O primeiro detém uma particularidade específica, de modo que é assunto só para um post. E quanto ao segundo, bem, esse merece um novo parágrafo.

Com a devida vênia, o máximo respeito às opiniões contrárias, mas na deste aprendiz de articulista, nada, absolutamente nada mesmo, justifica a renovação do contrato do lateral Uendel. Não lhe julgo como pessoa, se diz de família Colorada, mas jogador de futebol tem de ser avaliado e “premiado” pela bola que joga e não pelo comodismo ou sei lá mais como podemos definir esta renovação. Convenhamos! Uendel é um jogador que ganha muito pelo que apresenta, foi trazido a peso de ouro e ainda assim não demorou para ser reserva do Iago. Sim, do Iago. Tanto é que este ano trouxemos Moisés porque Uendel já não mais servia…

É claro que a punição rigorosa tomada por este último torna Uendel o titular da posição ao menos na Libertadores, mesmo porque ainda é o menos pior dos reservas e eu serei franco em admitir que, de fato, apresentava um bom futebol nos últimos jogos em que atuou, melhorando bastante em relação a ele próprio, já sob a batuta de Eduardo Coudet; aliás, boatos dizer que a renovação teria, inclusive, pedido do técnico. Não sei, pode ser, mas como não há em lugar algum escrito que preciso concordar com todas as decisões do Chacho, embora o faça em sua maioria, ainda assim não compactuo desta decisão infeliz. Na minha visão, Uendel parece um jogador acomodado, sendo que sua renovação é capaz de piorar o seu futebol ao invés de lhe prestigiar. Talvez o desemprego no horizonte fosse capaz de fazê-lo ter de correr atrás do prato de comida, melhorar até mesmo em relação as ultimas atuações. Qual motivação terá, agora, pois?

Por isso me repiso: nada justifica a renovação de Uendel. Absolutamente nada.

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