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Escrever após uma vitória do Inter é sempre algo mais fácil, por isso ter começado com esta afirmação é a mais pura e cristalina manifestação da obviedade. Mantemos a liderança do grupo A da Libertadores, abrimos certa vantagem do principal rival e seguimos com boas perspectivas em “la copa”. Ademais, voltamos a ter um jogo de casa (quase) cheia no Beira-Rio e se mostrou qual é a torcida que, realmente, bota patrão aqui no Rio Grande do Sul. Alguém, aliás, alguma vez teve alguma dúvida disso?

Mas, assim como não se pode fazer terra arrasada mesmo nas derrotas, também não podemos nos iludir com as vitórias. Falo, objetivamente, de vitórias como a de ontem, ainda que vencer seja sempre o mais importante, como referi na minha última manifestação.

Adentrando no mérito, enfim, digo que tivemos dois tempos distintos.

Um primeiro tempo arrasador, o melhor do ano corrente, sem dúvida, e talvez nossa melhor atuação desde o jogo contra o Santos (apesar do resultado), em casa, no brasileirão do ano passado. Uma atuação propositiva, agressiva e buscando o gol. O adversário, convenhamos, levou quase todo o primeiro tempo para entender como estávamos jogando e um placar mais elástico não seria nada estranho a considerar nosso volume de jogo.

No campo individual, Nico Lopes e Rafael Sobis foram os maestros do primeiro tempo e até mesmo Patrick estava jogando bem, em que pese arrumou uma lesão muscular porque parecia uma barata tonta, naquele momento, em campo.

Aí veio o segundo tempo e a velha sina do Internacional de Odair que é querer ficar administrando jogo, aquela coisa enfadonha que irrita qualquer um e que faz transparecer que fazer gol no adversário, principalmente quando este é ruim tipo o de ontem, é um desrespeito contra a instituição e etc. Patético. Ficamos naquele rola e enrola e eu, desta vez diante da televisão, morrendo de medo de que os caras achassem um gol e a vitória virasse um drama épico, digno das novelinhas mexicanas. Um futebol que não era propositivo e nem reativo, mas sim e tão somente, para fazer o tempo passar. Tanto é, que em matéria individual, os destaques foram nossos zagueiros. Mais uma partida irretocável de Rodrigo Moledo, frisa-se.

No geral, no tocante as atuações dos demais jogadores, os laterais seguem mostrando muito pouco e Pottker, ontem, realmente esteve muito abaixo. Já goleiro nós temos e na marcação a coisa está mais consolidada. Devo tomar pedradas, mas novamente não gostei da atuação do Edenilson. Ando achando ele dispersivo em algumas partes do jogo e ontem não foi diferente. Como ele tem sido o basilador da meia cancha, acaba por se prestar mais atenção no que ele está fazendo em campo.

Por fim, sigo em entender algumas trocas do Odair. Porque novamente não se apostou em jogador de velocidade, quando sacou Sobis, ao menos. Nico correu muito e cansou. Não é fácil, afinal, ser o craque do jogo. E que craque nós temos, senhoras e senhores.

Algumas coisas para mudar, é verdade, mas que não mascaram a realidade do jogo de ontem: uma grande vitória!

E que coisa linda foi ver o Gigante rugir mais uma vez.

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