4.7
(17)

Nem tanto ao céu, nem tanto à terra, já diria algum Colorado mais “aprevenido” ou, na linguagem coloquial da cidade, cético. Mas, convenhamos, difícil quem não tenha ficado motivado com o futebol que vimos no Beira-Rio na última terça-feira. Até os mais desconfiados daqui se permitiram um sorriso. É, né? Eu já nem lembrava mais como me empolgar com o time, sensação tão estranha que até o primeiro gol eu já estava era bravo, afinal, quantos perdemos antes da bola entrar? Não pode, aliás; reconheçamos.

A conversa por aqui já vinha sendo outra. Falamos acerca da necessidade de chegar a fase de grupos e que talvez Eduardo Coudet estivesse, digamos, meio que escondendo seu próprio jogo, eis que passar era fundamental; ainda que na base da bigorna. E não deixou de quase termos de parir uma para poder se deleitar com a atuação de ontem. Jogamos um futebol intenso, com marcação alta, induzindo o adversário ao erro, sufocando, afinal, um jogo que poderia ter terminado em oito a zero, sem nenhum exagero. Aliás, espero que estes gols perdidos tenham ficado, a bem da verdade, guardados para o próximo confronto. Ou seja: temos cinco gols por fazer.

Brincadeiras à parte, e para não parecer que só falei de flores, preciso enaltecer (não é fácil elogiar assim, no mole) o bom jogo feito por ambos nossos laterais. A propósito, se o Rodinei faz aquele gol já estávamos hoje todos iludidos. Fase de grupo zera tudo e teríamos começado mais uma vez com gol de lateral direito, imitando os anos de 2006 e 2010, cujo desfecho nenhum Colorado consegue esquecer. Não deu, ou seja, teremos de começar uma nova escrita. Ademais, Bruno Fuchs ainda precisa dar o pulo do gato. Não jogou mal, teve intervenções cirúrgicas e até se destacou no segundo tempo. Só que no primeiro deu um presente de grego ao Cuesta, além de outros erros banais, desnecessários. Sigo achando que ainda não é seu momento. No mais, preciso também traçar um elogio ao Musto, segundo jogo sem cartão e de bom futebol, ao nosso meio campo que com Boschilia, Galhardo e MG teve dinâmica e buscou o ataque sempre, com o reforço de Edenilson que, enfim, estreou em 2020.

No ataque, falar o que do homem né? Guerrero é matador! Por fim, farei um destaque: Bruno Praxedes. Além de gostar do seu nome, tem sobrenome que me dá a entender que nasceu para o futebol. Não será surpresa se virar titular em breve e, a meu ver, já até passou Nonato.

No mais, seguimos a curtir a atuação do nosso Colorado das glórias, que depois de algum tempo (2015, pelo menos) voltou a encher de esperança o coração da Nação Colorada de que, desta vez, não só podemos chegar lá como podemos ficar também. Com a camisa vermelha (ou branca), com a taça (e a cachaça) na mão, enfim…

Vivemos esperando por dias melhores, melhores em tudo, não é mesmo?

Pois, uma Nação Colorada com esperança é a esperança de que dias melhores, finalmente, chegaram. E para ficar.

How useful was this post?

Click on a star to rate it!

As you found this post useful...

Follow us on social media!