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Em verdade o papel de vir aqui emitir uma opinião – ou mesmo de vocês amigos Colorados leitores quando emitem um comentário logo ali abaixo, é relativamente simples. Basta ter alguma e se sujeitar as consequências dela (críticas em sua maioria). A pior porcaria em termos de futebol pode ser bonita aos olhos de alguns, a ponto de se transformar em uma ideologia quase que sadomasoquista, numa ideia de viver em erro e seguir persistindo nele.  Até que vire uma ‘pseudo’ verdade.

E Odair Hellmann, como venho falando aqui faz tempo, é um erro daqueles que é difícil de engolir e que faz parte dessa perspectiva de seguir insistindo em algo que se sabe que não vai dar certo.

Vejam que o jogador Odair já não deteve muita perspectiva na carreira. Embora ele relute em concordar (conforme já vi em entrevistas), a verdade é que sempre foi um volante ruim. Nada mais do que isso, afora (talvez) alguns lampejos em uma temporada ou outra. Mas não aqui no Internacional. E fora um volante ruim forjado nas categorias de base da nossa fatídica década de 1990, quando a política era tão somente chegar vivo ao final de cada nova temporada. E não é o que ele vem fazendo até agora no cargo de treinador, senão tentar chegar vivo ao final das competições e perder de pouco fora de casa para buscar no berro da torcida uma epopeia em casa?

Mas, ontem, não deu nada disso certo. Afora alguns poucos momentos ainda do primeiro tempo, restou claro que somente um expoente queria ver o Inter campeão: a torcida. Nós, pois. Dentro de campo, com justas exceções, jogadores apáticos, conformados e desinteressados – verdade seja dita. No segundo tempo o que estava ruim ficou ainda pior, quando o treinador conseguiu matar o time de vez a cada nova substituição, sendo o lance do segundo gol do adversário emblemático: uma vergonha colossal. Vergonha que deveria ser suficiente para derrubar todo mundo. Sim, é terra arrasada mesmo.

Só que não haverá de se derrubar ninguém. Lembram daquilo que falei ali no primeiro parágrafo, da ideia sadomasoquista de viver no erro e tentar fazer dele uma verdade? Pois é isso que impera pelos lados do Beira Rio. Enganei-me quando achei que Marcelo Medeiros tinha consciência do papel de sua família no comando do Clube. Enganei-me quando achei que a mística (de vencedor) de Rafael Sobis seria suficiente para voltarmos a ganhar títulos, jogando grandes finais. Venho me enganando há horas sobre muitas coisas sobre o Internacional.

Mas nunca me enganei sobre Odair de treinador do Inter. E é um alívio poder dizer isso.

E já sei que não posso mais me enganar com essa relação minha para com o Internacional. Sempre fui um Colorado fervoroso, sou sócio há quase duas décadas – nunca atrasei um mês de mensalidade, mas que com o passar dos anos passei a me preocupar com outras coisas e prioridades. No fatídico 2016, todavia, o lado ebuliente voltou com tudo (afinal – com a licença do grande Jayme Caetano Braun, “o vício é que nem sarnoso, nunca para e nem se ajeita”) e desde então tenho respirado e vivido Internacional muito mais que outras coisas até mais importantes. Posto que, dito isto e pelo que tenho visto (e que não vai mudar), concluo o que disse no grupo de Colorados da família: chega de Inter!

Óbvio que não levarei ao pé da letra e nem conseguiria, mas tratarei de me ocupar com coisas no momento, mais relevantes. Tenho família e um filho de 4 anos para criar. Escritórios para tocar. Também tenho um compromisso com o Louis,  e não sou de deixar coisas pelo caminho, e por aqui seguirei tentando juntar aos cacos ao menos até o final deste ano quando, conforme o próprio, a persistência deste projeto vai ao divã.

Peço desculpas pelo desabafo e se porventura alguma vez o meu otimismo, muitas vezes quase forçado – admito, foi ao desencontro com a realidade tão sempre bem vista por aqui.

Mas “Vamo Inter!”, enfim, porque ele é muito maior que aqueles que hoje estão “atravancando o caminho”.

PS.: Sim, sou eu na foto de capa. Créditos da imagem ao grande jornalista Felipe Laux.

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