Bruno Costa

Considerações iniciais

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Já referi que não se pode esperar muito milagre com alguns dias de pré-temporada; tampouco que Eduardo Coudet já deva ser cobrado fortemente pelas decisões tomadas ainda no seu terceiro jogo sob comando do time. Mas, convenhamos, não se pode tomar 3 gols do fraco São Luiz, de Ijuí, por mais respeito que mereça o time daquela, a meu ver, bela cidade.

Não acho que é preciso direcionar uma crítica específica a determinado jogador, mas também não se pode tapar o sol com a peneira: Victor Cuesta, apesar de protagonizar um dos lances mais bonitos do jogo, em que sai driblando ao ataque, não esteve numa noite muito feliz; seu parceiro, Rodrigo Moledo, fez um gol importante mas carece de melhor condicionamento físico; Moisés, bem apagado e Rodinei em que pese uma atuação que beirava o razoável, foi protagonista no lance do terceiro gol do São Luiz simplesmente porque pareceu não querer pular na bola. Mais a frente, achei Musto desta vez meio perdido em campo. Talvez essa ideia de 3 zagueiros ainda confunda um pouco o sistema defensivo. Ora, no primeiro tempo o volante argentino este praticamente todo o tempo na linha da zaga.

No mais, embora repise que não há como impor crítica ao técnico, a bem da verdade é que 4 volantes é quase que inadmissível. Por falar nisso, aliás, não dá mais para o Patrick continuar sendo titular do time. Perdido, ineficaz e pouco voluntarioso. Não fosse sua assistência ao segundo gol (num misto de vontade e sorte), teria sido um total inútil dentro de campo, uma a menos, pois. De igual modo não gostei do Lindoso mais a frente. Pareceu não saber o que fazer, perdeu a embocadura para atuar na segunda posição da meia cancha e, para mim, é ele ou Musto. Ambos, somente em condições muito pontuais.

Do meio para frente não tivemos atacantes. Dois meias fazendo o agora chamado último terço do campo. O argentino D’Alessandro mais uma vez com um futebol satisfatório, ainda que talvez não suficiente para permanecer de titular logo ali na frente; e o bom Galhardo que, o que não me surpreende, vem se apresentando como o melhor reforço dos que foram apresentados até o presente momento. O jovem Netto deu as caras somente ontem e mal tocou na bola e Marcos Guilherme, que detém características que me agradam, ainda carece de entrosamento. Já o nosso nenezinho Sarrafiore já foi mais burocrático, mesmo porque entrou na linha de trás. Penso que o negócio é ver nele um atacante e ponto final. Agora, Galhardo, que nos brindou com uma bela arrancada para o primeiro gol, esse merece os louros da vitória de ontem.

Contudo, sejamos honestos: apesar das falhas defensivas, poderia ter sido 7 ou 8 se não fosse o goleiro adversário. Aliás: deu de Lomba né? Que mão de alface foi aquela no primeiro gol? Por favor! Duas falhas sucessivas e fatais. Talvez o time do Coudet seja assim mesmo, um fazedor de gols que também toma bastante. Negócio é sempre ter um saldo positivo ao final. Só que é só o segundo jogo do time titular, muito haverá de mudar com o passar dos dias. Há quanto tempo não virávamos um jogo? Há quanto tempo não fazíamos 4 gols numa mesma partida?

Por fim, digo que gostei da contratação do meia Gabriel Boschilia. Precisamos ainda de mais um centroavante. Penso que daí, teremos bons ventos a soprar a nosso favor.

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