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Aproveitando essa parada no futebol Colorado, já que o próximo jogo é apenas na segunda semana de abril, este pela Copa do Brasil, penso em deixar as discussões em torno do trabalho futebolístico do grupo principal do Internacional um pouco de lado.

Nos últimos dias circulou perante a imprensa e setoristas no Beira Rio que emprestaríamos alguns jogadores menos utilizados do elenco, principalmente atletas da base. O meia Fernandinho, este já confirmado, foi para o Noroeste; já o atacante Ronald deve seguir o mesmo caminho, pois, provavelmente não receberá mais chances de Odair. Diante desta realidade, pergunto-me: será que realmente emprestar jogadores da base é vantagem para o clube?

Fico pensando…

O Sport Club Internacional sempre foi um clube formador de jogadores – celeiro de ases – mas, nos últimos anos, garotos formados aqui acabam fazendo sucesso em outros clubes. Basta ver como se saíram Lucas Lima e Ricardo Goulart, por exemplo, após as suas saídas do Inter.

Possuo em meus pensamentos a ideia de que deveríamos emprestar aqueles que estariam tirando o espaço dos mais jovens, e não o contrário. Camilo e Roger hoje talvez são os maiores exemplos disso. Precisávamos, realmente, manter dois centroavantes caros e do mesmo perfil no grupo (Damião e Roger)? E o jovem Brenner? De lembrar que este fora decisivo na boa campanha do Internacional na Copa São Paulo de futebol júnior e, quando entrou agora elevado ao time profissional, mostrou que pode ser bastante útil. Já o Camilo, que para muitos é a decepção do ano, talvez esteja barrando a ascensão do jovem Juan Alano, que em muitos jogos nesta temporada entrou mostrando um bom futebol.

E o que irão fazer quando a promessa Martin Sarrafiore chegar? Deixá-lo treinando com os aspirantes? Ficar achando desculpas para não o colocar junto ao grupo principal? Tenho por convicção que, assim como o exemplo do Santos, poderíamos sim apostar mais na base, não apenas quando a fase é ruim. Impossível acreditar que não há um zagueiro além do razoável por lá. Se temos um treinador da ‘casa’, porque não também mais jogadores? Vale lembrar de exemplos como Taison e o próprio Rafael Sóbis, que tiveram dificuldades quando incluídos ao time de cima e, nem por isso, foram emprestados pela direção do Clube. E, convenhamos, não é assim que funciona. Não há melhor lugar para se ganhar experiência e rodagem, senão dentro do próprio time principal do Internacional, penso eu.

Dentro da realidade de que o Inter, essencialmente, é um clube formador de jovens e talentosos jogadores de futebol, é dever do Clube apresentar ao seu torcedor o resultado do trabalho que é realizado. Já é batida uma questão que ecoa por aí: e a base, como vai? Pois no nosso caso, a bem da verdade, é que títulos não faltam. Mas também não é mentira que títulos na base são apenas consequência, sendo causa a oportunização de mão de obra qualificada para o grupo principal.

Então, afinal, e a base, como vai?

 

  • Colaborou Arthur Costa, meu irmão e ‘o cara’ das discussões táticas no tocante ao Colorado.  

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