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Tomado por uma coragem pouco usual, juntamos parte do grupo do whatsapp e fomos ao Beira Rio assistir o jogo da última segunda-feira. Ainda fui de inferior, o que é raro já que da última vez foi justamente contra o mesmo adversário, em 2016. Também 1×0, gol do ‘craque’ Roberson. Antes de falar alguma coisa do que vi (ou não), permitam-me trazer uma confidência: que time ruim este do Brasil. Difícil não imaginar uma terceira divisão para 2020.

Circunstância esta só acentua o que vou escrever agora, na segunda confidência do dia: o time do Internacional parece um amontoado de onze jogadores em campo. Simples assim. Ou nem tanto.

Esta leitura eu já venho tendo algum tempo sem, contudo, aceitar admitir. A verdade é que os buracos que se vê em campo, já que parece estarem todos os jogadores no mesmo lugar que não onde deveriam, fazem-me pensar para que servem os treinos durante a semana, principalmente aqueles a portões fechados. Juro que as vezes tenho a impressão que o time do Inter se reúne na concentração, decide os que usarão as camisas e vão pro jogo assim, buscando a sorte. Que coisa!

Não, eu não virei o profeta do apocalipse, mas sim, eu também não sou cego para os problemas que estão aí. Só não vê quem não quer enxergar, mesmo.

Ano passado, mais ou menos na mesma época do ano, ouvi um repórter dizer em um programa de debates duma rádio da Capital que o time do Inter era um “catadão”. Óbvio que eu fiquei bastante incomodado com aquilo. Tanto por isso que não usei esta expressão agora, ainda que, ‘amontoado’, de quase o mesmo sentido, talvez com um pouco mais de compaixão que o referido repórter, em que pese torcedor declarado do Internacional.

Talvez meu problema esteja justamente aí: a compaixão. Muitos de nós torcedores acabamos querendo enxergar um time que não existe. Talvez até possa existir, mas para tal precisamos de um comandante com envergadura de time grande. Do contrário, veremos acontecer com o Colorado o ocorrido com o tricolor paulista ontem. Parecia o mesmo amontoado em campo, sem comando na beirada. Viram no que deu? Não gosto de traçar comparativos e pode até ser que a história, fosse o Internacional, não seria a mesma. Mas aí é o universo do ‘talvez’ ou do ‘não sei’.

Mudanças nem sempre são tão urgentes. Tem aquela máxima do “mudar não mudando”, popularizada no próprio Internacional, lá no já longínquo ano de 1997. Passou o tempo. A fábula nem sempre vai se recriar tão fácil. Dito isso, não acredito que sem um novo treinador a coisa vai tomar prumo.

Nem o Arthur, meu irmão, puxa saco do Odair, acredita mais.

Muitas vírgulas e uma só certeza: o Inter parece um amontoado em campo!

Até quando?

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