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Convicção é certeza.

Treinadores de futebol tem convicções. Levam consigo os tais “bruxos” que não jogam um ovo mas que eles carregam como se craques fossem. Escalam errado para depois ter que corrigir o equívoco, às vezes fazendo isso com outros mal feitos, mas é tudo em nome da convicção.

A “bola da vez” Guto ou quem manda nele, ou quem manda em quem manda nele, todos sem exceções, tem suas convicções. Exemplifico duas, dando nomes.

Sasha: não é mau jogador pois se esforça ou talvez se esforce por ser mau jogador. Recompõem muito bem e isso significa que um time grande tem um atacante cuja função é ser um marcador de laterais de times pequenos. Eu acharia que deveria ser o contrário mas a convicção do Guto e/ou de seus mandantes comete isso. O time vem ganhando e agora é líder isolado com 6 pontos de vantagem sobre o segundo, melhor ataque, melhor defesa, e isso tudo com Sasha no time. Então a convicção dos mandantes está correta? Não sei, esse sentimento é deles, não meu.

Pelo clube que é, pela disparidade amazônica de poder econômico, eu teria um atacante que atacasse. O time estaria nessa posição e condições? Não sei e ninguém sabe.

Camilo: desde que chegou foi rotulado como substituto do D´Ale. E pronto. O time pena por não ter jogadas pelo meio, por não ter meias que cheguem perto da área e entrar nela nem pensar. Camilo é um jogador de movimentação, não é criança (31  anos), rodado, e que tem um futebol mais vertical. O oposto do D´Ale e desde sempre se cogitou – ao menos aqui – que os dois poderiam jogar juntos.

Mas a convicção dos mandantes era de que não. No sábado creio que essa convicção poderá ser mudada pois Camilo ao entrar deu outra movimentação ao time e o segundo gol tem uma bela jogada do D´Ale mas o começo é toda “Camilo”.

O vídeo postado tem uma atração especial: mostra pela primeira vez (a imprecisão histórica é proposital para causar impacto) dois meias fazendo uma jogada dentro da área adversária.

 

Se considerarmos que Camilo entrou no lugar de Sasha, isso pode significar que as convicções estão mudando? Não sei e ninguém sabe mas é bom ficar de olho nisso, pois teremos que ter assunto para cornetear.

Citei apenas dois nomes emblemáticos da tal “convicção”; poderia enumerar dezenas: fabricios, fabinhos, anselmos, paulões, ernandos e por aí vai. Creio que a convicção dos mandantes antes de ser uma certeza é emblemática da dúvida, da insegurança. É um povo que não sabe porque ganha, perde ou empata e por isso necessita de mantras para justificar o que desconhecem.

E qual a melhor forma de fazer isso? Tendo convicções que se por um lado podem ser contestadas, por outro expressam o que pensa quem a tem. Ou seja: nunca se poderá dizer que o convicto não sabe.  E é isso que querem: esconder o desconhecimento.

Parodiando Nelson Rodrigues,  digo que toda convicção é burra. Ela fecha portas, olhos e ouvidos. Reduz o tamanho do mundo e impede que a roda gire. Fica-se sempre com os mesmos nomes dos quais estão convictos de que são os apropriados.

Essa é uma explicação que encontro para a teimosia e a perpetuação de tantos e tantos jogadores que, claramente, não rendem o que deles se espera.

Nesse momento o time está muito bem: líder com 6 pontos na frente do segundo, melhores ataque e defesa e certamente  estará na série “A” no próximo ano. Nada disso influi nas convicções; haja visto que vários nomes citados acima como exemplo das tais ideias fizeram parte de nosso trágico e recente passado.  O atual pesadelo (série “B”) irá passar mas as convicções – ah! – essas irão se perpetuar.

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