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Sábado, quase final do mês de abril: parece mentira mas já se passou um terço do ano e parece que foi ontem que cantamos pela enésima vez o “Feliz ano novo, adeus ano velho …” .

Esse ano da canção que vai nascer já nasceu, é um adolescente, em breve será adulto jovem e logo um adulto velho e irá morrer, numa breve vida.

Ninguém merece pensar nisso no sábado pela manhã, véspera de um longo final de semana que inclui uma segunda feira véspera de uma terça que é feriado. Fico deprimido.

Mas em compensação temos no domingo – ah! gostaria de poder prever o futuro – um “xogo” contra o Cruzeiro e que pode resultar em um retorno de nossas hostes aos píncaros de glórias que tanto nos ufanaram (sábado é dia de ressuscitar palavras).

Poderemos ver caras novas no Inter como Zeca e Lucca. A esperança em nomes diferentes é um traço da personalidade ufanística do tipo “agora sim!”. Fico eufórico com isso.

Por outro lado o zumzum sobre nomes para o futuro comando do Inter – que poderá estar sob “nova” direção – aponta para surrados sobrenomes que já disseram o que não se devia fazer e, pior, fizeram o que não deviam.

Mudar para ficar como está, a também surrada frase de Lampedusa, e que está em seu livro “O leopardo”, que trata da decadência da aristocracia siciliana, espelha o que poderá afetar nosso time. Talvez a frase seja o espelho de uma realidade que não queremos ver. Fico deprimido.

Entretanto, no jogo de domingo nosso técnico acena com a possibilidade de repetir a escalação que vem jogando o que pode ser algo interessante pois pela repetição, talvez, ocorram melhoras na dinâmica do jogo a ser mostrado (papo de quem entende, no melhor estilo do Mauro não tão lóqui…), mas bem eufórico no estilo do Bruno. Isso e mais a perspectiva de que o Cruzeiro venha cansado (jogou na quarta), poupe jogadores porque vai jogar na outra quarta novamente, deixa escancarada a chegada de uma bela vitória. Fico eufórico.

Lendo o acima, na parte final que prevê o time deles desfalcado e cansado, me vieram à lembrança inúmeras situações iguais em que nos especializamos em levantar mortos, num milagre de ressureição. Fico deprimido.

Mas quando penso que é só um “xogo” (meu portunhol está muito bom!) me tranquilizo. Fico eufórico.

E quando penso que de tanto ficar deprimido e logo mudar para o estado da euforia me dou conta de que isso talvez não seja normal, e que deva procurar alguma ajuda especializada, talvez na rede pública, para essas frequentes alterações de humor.

Pesquisei no Google por “alterações de humor” e apareceram diversos links e com alguns “me senti em casa”, como por exemplo: torcedor típico do Inter, torcedor atípico do Inter, torcedor do Inter distorcido (seja lá o que isso queira dizer) e transtorno bipolar.

Segui pesquisando agora por “tratamento alterações de humor” e apareceram, entre outras, medicações como clozapina, lamotrigina, mudança de diretoria, alteração de postura, fora FC (sei lá o que é isso!), e fiquei eufórico porque seja lá o que eu tenha tem tratamento e todos os remédios estão disponíveis na rede pública de saúde, e aí fiquei deprimido porque estão na rede pública.

E já estou me vendo em uns 2 anos em frente ao médico perguntando:

“O que será que eu tenho, doutor?”.

Silêncio.

 

 

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